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Artigo de Opinião

Doutorada em História / Investigadora

17/05/2023 08:00

Outorgado entre o Instituto do Emprego e da Formação Profissional, I. P., a Associação para o Desenvolvimento do Centro Académico de Investigação e Formação Biomédica do Algarve e o Instituto da Segurança Social, I. P., o novo Centro de Competências de Envelhecimento Ativo tem em vista a capacitação dos prestadores de cuidados aos idosos, assim bem como a sua respetiva formação profissional e o reconhecimento, validação e certificação de competências.

Quanto às atribuições e competências desta nova valência para o Envelhecimento Ativo, o mesmo documento, publicado em Diário da República, refere que estas passam pela «valorização dos recursos humanos e capacitação de entidades envolvidas na prestação de cuidados aos idosos», através de ações de formação para uma qualificação e requalificação de trabalhadores, como, por exemplo, de pessoas que se encontrem em situação de desemprego, com vista ao seu (re)ingresso no mercado de trabalho, nomeadamente neste setor da economia; a «valorização dos cuidadores informais de pessoas idosas», através da sua formação e capacitação, para uma prestação de cuidados mais diferenciada, valorizando-se a partilha de boas práticas.

Contribuir para o diagnóstico e definição de estratégias que promovam uma maior qualificação, que possam acelerar a inovação na prestação de cuidados destinados a pessoas idosas, para um envelhecimento ativo e saudável, com respostas únicas e articuladas, é, entre outras, uma das principais competências deste novo Centro.

Nos últimos anos do século XX, Portugal deu por terminada a sua transição demográfica, efetuada num tempo mais curto, quando comparada com a duração, quase bissecular, de outras regiões europeias. Hoje, fora do retângulo, nas ilhas, a Madeira e o Porto Santo, contam com vários projetos dedicados aos desafios colocados pelo envelhecimento a serem financiados pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), que integram a requalificação de respostas existentes, assim bem como o alargamento das respostas típicas e a criação de novas respostas sociais às nossas pessoas idosas.

É sabido que a família e a sociedade têm um forte impacto na forma como se envelhece. Para se poder garantir a realização plena da sua dignidade, de um envelhecimento saudável, urge estarmos atentos. As expetativas das pessoas idosas devem contar. O seu potencial é uma base sólida. De futuro. As necessidades atuais, económicas e sociais, da nossa sociedade evoluíram no sentido de se necessitar que estas possam participar na vida económica, política, social e cultural, devendo ter oportunidade de trabalhar, enquanto desejam e se sintam capazes. A vida não acaba aos 70.

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