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Artigo de Opinião

7/07/2023 08:00

. É o preço que arriscamos por uma governação tranquila, mas também por assistirmos àquilo que, afirmo sem grande risco, será a pior oposição da história da Autonomia. Mas todos sabemos que a abstenção é a maior inimiga da democracia. Sem participação massiva dos cidadãos, não é só a legitimidade dos eleitos que fica ferida. É a própria representatividade do pensamento da nossa comunidade que fica afetada. São alguns, geralmente os mais obstinados, a eleger em nome de todos. Nesta eleição a escolha é simples: Os madeirenses decidirão se pretendem renovar uma maioria absoluta aos partidos do Governo, ou se obrigarão PSD-CDS a procurar um terceiro parceiro, no âmbito da nova composição da Assembleia, para que esteja garantida a indispensável estabilidade governativa. É apenas isso que se discute. Tudo o resto é conversa fiada dos tais líderes da "pior oposição de sempre", preocupados que estão, apenas e só, em garantir o seu lugarzinho. Se a atual coligação conseguiu funcionar com uma articulação mais oleada do que se pensava, é um enigma como funcionaria uma coligação alargada a três. Creio não ser isso que os madeirenses querem. E não tentem enganar-nos, insinuando que há outros cenários. Se a solução de desespero de Cafôfo em 2019, quando pretendia juntar à pressão, e depois da derrota eleitoral, comunistas com conservadores de direita, mais os infra ideológicos do JPP, sobe a putativa liderança da central de interesses do PS, num governo imaginário com 15 secretarias, nunca teve pernas para andar, a futura composição do parlamento não deixará qualquer outra hipótese que não seja um governo liderado pelo PSD. Com o CDS, ou com o CDS e mais um terceiro, dependerá dos eleitores irem votar, ou preferirem a praia.

O PS realizou umas jornadas parlamentares na Madeira, que resultaram num "trapalhão" tão grande que até o vento ajudou. Dos 150 turistas socialistas, vieram apenas algumas dezenas. Pior foi mesmo o discurso, que mostra o porquê dos socialistas não levantarem cabeça na nossa terra. Jargões do tipo "A Madeira não gosta do PS, mas o PS gosta da Madeira", ou "O que é bom para o PS, é bom para a Madeira", inaugura um novo fundo na estupidificação e infantilização da sua relação com o eleitorado. Se o PS regional nada manda, sendo controlado por Lisboa, estas frases bandeira demonstram que o PS do Largo do Rato continua a considerar que os cidadãos da Madeira são diminuídos intelectuais. Nas suas cabecinhas pequeninas, não encontram outra justificação para o seu insucesso que não passe por um atestado de imbecilidade ao nosso povo. Recordemos a reações no calor da derrota das últimas autárquicas, quando alguns socialistas, e seus familiares, chamaram de "burros" aos eleitores, por não terem votado em si. Esclarecedor e "democrático"!

20 de Dezembro de 2015, foi a data em que o Banco de Portugal resolveu o BANIF, uma semana depois de uma notícia da TVI ter originado uma inédita corrida aos depósitos que, definitivamente, matou o Banco madeirense. Ou seja, há 3.122 dias que o governo ainda não arranjou uma solução para os lesados. Foi deprimente a postura de António Costa, tentando complexificar, quando confrontado por uma senhora, idosa e muito simples, que ficou sem as suas poupanças. Diz Costa que no BANIF não é possível desonerar os contribuintes, como aconteceu no caso do BES /Novo Banco. Costa acha mesmo que somos "tontos"! Depois de 9 milhões de injeções de dinheiro do fundo de resolução, em que tanto a parte do banco como a parte do Estado é devida aos portugueses, e cujas melhores perspetivas de devolução excedem 2062, tem a lata de fazer tal afirmação. Em Setembro "os burros" dão-lhe a resposta!

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