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Artigo de Opinião

22/12/2023 08:00

Nesta altura de festas, há o hábito de presentear os amigos mais pacientes, com uma caixa de bombons sortidos... Como os meus 2 ou 3 leitores estão nessa categoria, aqui vai o agradinho:

Bombom “contas de merceeiro”

Em duas conferências, refletia-se sobre a importância do regime de residentes não habituais (RNH) e do CINM, e de como o Governo da República cessante está emprenhado em extinguir tudo o que dá receita, acompanhado por parceiros ideológicos. Invertendo a lógica e brandindo perdas onde nada existiria, se não existirem estes regimes. O BE acusa perdas fiscais anuais de 80 milhões de Euros devido á zona Franca, quando se esta não existisse a receita era zero. Pelo contrário, os proveitos (IRC, IRS, IVA) rondam os 150 milhões.

Também o Tribunal de Contas escreve em relatório que o regime de RNH custou ao Estado 1360 milhões em 2022. Uma boa motivação para o PS o extinguir, desprezando as centenas de milhões cobrados a pessoas que não estão em Portugal só para apanhar Sol (quando há) e comer bacalhau. Merceeiros!

Bombons pragmáticos

Um partido de poder só cumpre a sua função, verdadeiramente, se alcançar e mantiver o poder. E aí terá de prevalecer o critério das boas escolhas. Políticas, programáticas e dos seus atores. Porque o povo é arguto, naquilo que é estudado como a “sabedoria das multidões”, e castiga quando menos se espera. Mas os partidos de poder teimam, ao fim de algum tempo, a cometer erros de casting. Tendem em não colocar as peças nos lugares certos, esquecendo que se perderem a próxima eleição, não cumprem a sua função primaz. Só como exemplos: Passos (de quem sou um admirador confesso) não resistiu em colocar Relvas no governo, quando, percebendo a sua pertinência político-partidária, seria mais prudente mantê-lo no partido. Costa não resistiu em ter o seu melhor amigo como “vice-primeiro-Ministro sombra”, quando tal era insustentável. Ou quando não percebeu que Galamba poderia dar jeito como “deputado extremista e chato”. Ao invés do governante-desastre. Ou que Pedro Nuno podia ser um ótimo SE para fazer pontes com a extrema-esquerda da sua estima, mas que seria sempre um “Ministro- WhatsApp”. Quando esqueceste porque ganhaste as últimas eleições estás sempre mais perto de perder as próximas. Digo eu que nada percebo de ciência política.

Bombons Kafka

1) António Costa passava a vida a ameaçar com a instabilidade política, quando dirigia os governos mais instáveis da história.

2) PS levanta a bandeira dos serviços públicos e Livre diz que quer se aliar aos socialistas para “evitar que a direita, no governo, os ‘aliene’. Mas...vamos falar das 43 turmas sem professores, das dezenas de urgências inoperacionais, e do menor investimento público da história do 1º governo da geringonça?

3) Pedro Nuno Santos diz que o PSD de Montenegro não tem experiência governativa. Ora... a experiência de PNS não é aquilo que eu quero dum próximo governo. Bandalheira não é currículo.

Bombons alerta

Pelo que se sabe e ouve, IL e Chega regionais parecem apostadas a pescar nas aguardas águas sociais-democratas. Quer sejam independentes ou não. E se há algum refugo que não interessa, há recursos que o partido da autonomia não devia perder.

Bombons de fel

Nuno Crato, o melhor ME da democracia, citou Thomas Sowell a propósito dos resultados de 2022 do PISA: “As pessoas vão perdoar-te por estares enganado, mas nunca te perdoarão por estares certo - especialmente se os acontecimentos provarem que estás certo ao mesmo tempo que provam que elas estão erradas”. Recorda-nos que houve um tempo em que um grupo de indivíduos maiores governou o nosso país nas mais difíceis condições, excluindo uma situação de guerra. Não estando habituada a tanta fortuna, a “máquina” tudo fez para destruir e pulverizar esse projeto, federador duma visão do país que juntava o melhor do conservadorismo, a dinâmica liberal, e as preocupações sociais. A Vingança foi tal que, num desmembramento, novos partidos surgiram. Não podia ficar pedra sobre pedra. Não é inédito. Um sábio professor, até doutro quadrante político, disse-me um dia que “quando não sabes bem qual a motivação para um acontecimento excecional, o mais provável é que tenha sido por vingança. É esta que faz mover o mundo”. Bom Natal!

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