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Artigo de Opinião

Farmacêutico Especialista

15/11/2023 08:00

Não é compreensível num plano racional, o conflito entre semelhantes por direitos a "terra" a propriedade, a posse!

É verdade que no decurso da evolução, e enquanto animais sociais, nunca eliminamos essa faceta de territorialidade. No entanto, enquanto animal com capacidade de raciocínio superior, deveríamos ter conseguido chegar à conclusão óbvia, de que nada possuímos!

Como podemos querer algo que não possuímos, nem podemos intentar possuir, pela falácia que lhe sustenta?

Já paramos para pensar que nós estamos de passagem, e que em matéria de contagem do tempo, o nosso intervalo existencial é perfeitamente irrisório, para com aquilo que nos rodeia.

Será que Homem ainda não se capacitou que nada possui a não ser a capacidade de Amar, uma vida em virtude e verdade, é o único caminho para a existência efémera, que nos é permitida, neste plano.

"Os fantasmas, são débeis sombras da realidade. Aquilo que vive cá é mais real do que as pessoas. Nós é que somos os fantasmas da sua realidade" John Steinbeck.

O Planeta continua a girar em torno do Sol, numa elipse de excentricidade praticamente nula, sem se importar quem reclama uma parcela da sua propriedade, pois ele sim sabe, que somos apenas parte de um plano maior, e que entramos neste plano existencial despojados de posse, e partimos da mesma forma.

Infelizmente assistimos a toda a hora conflitos entre vizinhança, familiares, entre povos, nações e credos, que partem do pressuposto que são detentores de uma parcela do planeta, como se essa fosse uma possibilidade concretizável e que se consubstanciasse em realidade por obra de lei terrena, ou divina.

Em horário nobre atribuímos palco à morte, alimentamos a divisão e a discórdia, sobre quem possui o quê, quem é detentor de verdade, criamos atrito, dor, mágoa, ressentimento e vingança, promovemos ódio entre iguais, em última análise promovemos o fim do Homem, pois o Homem só existe onde existe Amor.

Observemos que hoje em dia a contagem de mortos, é feita através do número de crianças falecidas, criando crispação, dor, sede de vingança, e polarização, questiono se esta forma de divulgar notícias tem por finalidade gerar Paz, será que aos media interessa a Paz?

As violentas imagens que deveriam ser proibidas, de morte e destruição, e que por vezes são forjadas, somos enganados pela avidez de informação e temos sem dúvida uma curiosidade demasiado desperta pela desgraça, não contribuem de forma alguma para sustentar concórdia e Paz, logo não tem um objectivo positivo, o qual nos deve sempre guiar, que é essa disposição constante do espírito para exceder o Bem.

Estamos reféns de uma cultura de ódio, cultura de morte, os Jornais, Noticiários, Media em geral, subsistem ao dar palco ao Mal, e podemos dizer que o fazem pois ele existe, mas o Bem também existe e, no entanto, não abre noticiários, nem é motivo de debate. Adoramos deambular na boçalidade, terreno fértil para o mal. As causas que apontamos para os conflitos, a terra, a cultura, o credo, deveriam ser as razões que nos deveriam unir, a partilha do espaço vivencial em fraternidade, a riqueza da multiculturalidade, a beleza do acreditar num ser superior enquanto irmãos, mesmo que com formas diferentes de o observar.

É obrigatório dar Palco à Vida, enquanto seres é fundamental mostrar o caminho do Bem, e trilhá-lo, o nosso futuro enquanto ser, está dependente do Amor e Honestidade.

"io vedo un mondo giusto, Lì tutti vivono in pace e in onestà" Chiara Ferraù.

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