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Artigo de Opinião

2/03/2021 08:04

Será cada vez mais importante pensar o valor das palavras e o impacto que as mesmas poderão ter fora de nós quando as usamos. O valor do que dizemos, é da nossa inteira responsabilidade. Permitir-se pensar antes de falar, será sempre mais um ato de responsabilidade e sabedoria, do que dificuldade.

Hoje em dia, com o fenómeno das tecnologias de informação e comunicação (redes sociais), assiste-se cada vez mais a uma emergência de opinião por "detrás da cortina" (ecrãs), com uma aparente desresponsabilização social. Surgem muitas vezes conteúdos voláteis - ecos de um vazio e de infelicidade, em alguns casos, sem dar a cara, ultrapassam-se limites, não se reconhecem empatia e banalizam-se as "palavras" que tanto deveríamos honrar.

"Palavra dada, palavra honrada", será ainda assim?

Devemos ter voz e dar voz ao que consideramos estar mais certo - Sempre. Felizmente, vivemos num Estado de direito democrático, com direito e liberdade à expressão e opinião. Mas este direito não nos desresponsabiliza. E isto é válido para quem nos governa, para todas as forças políticas, organismos, instituições - para todos Nós.

Como já percebemos, na vida nada é garantido, e por isso, deveremos sempre fazer por manter as nossas conquistas.

Na atualidade, nunca foi tão importante calibrar a balança do bom senso, em que para um peso, não deverão existir duas medidas diferentes.

Hoje, precisamos de estabilidade e de segurança, precisamos mais que nunca, de conseguir confiar e acreditar. Precisamos de mais coerência e reciprocidade social, onde a verdade e o rigor não podem ser "exceção".

Não é tempo para utilizar a vulnerabilidade das pessoas e da fase em que vivemos como arremesso político. Não será a altura para carregar no sistema e fragilizar a confiança. Se confiarmos, sentir-nos-emos mais seguros, e consequentemente, o cumprimento das medidas de proteção e segurança terão uma maior probabilidade de sucesso. Se confiarmos, iremo-nos sentir mais amparados e mais felizes.

Com bom senso, podemos todos contribuir, pois o resultado final será a soma de tudo o que fizermos. Comece em si o que considera muitas vezes também ser o dever do "outro".

Como em tempos já alguém dizia, a inteligência raramente procura a fila da frente, prefere ficar sentada ao fundo a ver e a aprender, ao contrário de ser vista. Mas nunca se confunda o arriscar, e sair da zona de conforto, com uma ação de auto-promoção, pois terão sempre premissas bem diferentes. O fogo de artifício é tão bonito, vê-se e ouve-se tão bem ao longe, mas após alguns minutos...

Quem constrói, leva o seu tempo, mas deixa obra feita.

Faça o mesmo, viva a sua vida, e sempre que puder, colabore para uma melhoria na vida dos outros.

Construa e não se desgaste com o que não tem valor.

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