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Artigo de Opinião

Farmacêutico Especialista

13/12/2023 06:00

É forçoso esclarecer que, a observação do signo dever neste contexto, não o deverá ser de uma obrigação, mas sim de um reconhecimento para com os seus pais. Os Pais merecem que o sentimento seja fluido e natural, e como tal não aporte o peso de uma necessidade ou obrigação.

Posto este esclarecimento necessário, é pacífico e quase axiomático que, um filho apresenta uma dívida de gratidão para com os seus pais, o milagre da vida é sua obra!

O milagre da vida, deverá ser celebrado diariamente pelo filho, como? Trilhando um caminho reto e justo, um caminho de verdade e virtude, um caminho de Amor!

Não há maior dever de um filho do que a busca incessante pelo Bem, orgulhar e honrar os pais em todos os gestos diários, isto porque a vida requer ação e o dever de um filho, é agir para tornar este mundo melhor, só assim os seus pais terão cumprido o seu desígnio!

Um filho deve observar a sua vida enquanto caminho de busca, deve ser impelido por uma força interior para encontrar a Felicidade, mas não só a sua, pois de facto não existe Felicidade no vácuo. Mas sim trilhar este caminho de busca promovendo a Felicidade de todos os que o rodeiam e quanto maior for a renúncia espontânea à conveniência própria, maior será no final o seu patamar de felicidade.

Um filho que renuncie à violência, à boçalidade, ao mal, está já a dignificar os seus pais, mas não é suficiente, um filho não terá de almejar a perfeição (se é que ela existe enquanto verdade), mas deverá envidar esforços para em cada acção a desenvolver, conhecer o caminho certo e fazer recair a escolha nesse. Sabemos que a vida não é linear, e nem sempre o caminho certo é o escolhido, mas uma má escolha pode ser sempre revertida. Se tivermos atenção, essa força maior que nos assoberba com a sua plenitude, dá-nos as respostas, o caminho do Bem é o único a seguir.

Um pai quando segura no seu colo um filho que dorme pacificamente, o único sentimento que apresenta para com ele, é o das felicidades futuras, as mesmas que Gustave Flaubert de forma sublime descreve, “As felicidades futuras, como as margens dos rios tropicais, projectam na imensidade que as precede a sua indolência natural, espécie de brisa perfumada, e nessa embriaguez adormecemos, sem nos inquietarmos com o horizonte, que ainda se não vê.”

A vivência plena do momento de Felicidade com projecção de Futuro.

Um Pai nada assaca a um filho, nada lhe pede, nada lhe julga, apenas o Ama e ao saber correr nas dele o sangue das suas, prolonga-se nesse infinito de oportunidade, tenta alinhar os astros para que dali decorra uma vida virtuosa, justa e honesta, só deseja tempo para poder amá-lo o mais possível - Deus lhe conceda essa benesse.

Por tudo isto um filho, deverá apresentar reverência para com os seus pais.

Estes conservam o seu maior desejo, que é simultaneamente o maior dever de um filho, ser Feliz e fazer os outros Felizes.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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