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Artigo de Opinião

7/05/2022 08:00

Os "donos" do 25 de abril, cujos dentes deviam cair a cada vez que dizem "falta cumprir abril", no que seria uma versão dentária da fábula de Carlo Collodi, arrogaram-se e monopolizaram este dia, não querendo perceber que todo o democrata em Portugal celebra neste dia, o fim da ditadura e o vislumbre do início de uma verdadeira democracia em Portugal. Se com o "falta cumprir abril" se referem à instalação de um regime comunista em Portugal, vão ter de ir pregar no deserto, ou então em Setúbal, onde o sentimento pró-Putin está bem enraizado com fatíferos atropelos ao acolhimento de refugiados de guerra.

A esquerda "dona" do 25 de Abril quer decidir como e em que moldes se comemora a data, quem pode comemorar e o dress code associado. Vi gente a querer impor o seu alinhamento festivo quando não está nas suas mãos essa decisão, assisti a autarcas a criticarem a cor do fato usado por deputados nesse dia, vi dirigentes de partidos a quererem impor aos demais, o seu discurso usado, reutilizado e reciclado para o qual já ninguém tem ouvidos.

O bafio emanado é de tal ordem que se tornou insuportável, irrespirável e incompreensível no Mundo actual. A impossibilidade regente de condenar regimes totalitários que invadem países soberanos, a cegueira partidária que mantém a defesa do agressor ultor, que ao dia de hoje ainda se sente insultado pela queda da sua federação, o abrigo dado a quem jura defender a Rússia do Ocidente e da NATO, sem que paire no ar qualquer ameaça. Os "donos" do 25 de abril são esses, os que defendem um país que impede, que penaliza e detém quem ousa pensar e divulgar informação que não corresponde ao ponto de vista oficial, um país onde não existe liberdade de imprensa. Os que têm as chaves de abril, são os que se pudessem impediriam o Presidente da Ucrânia de discursar no parlamento português. Os que seguram os cravos de abril, são os que não podendo calar Zelensky, se sentiram insultados com a sua referência ao 25 de abril de Portugal. Sim, é isso mesmo, porque parece que afinal na Ucrânia pululam os fascistas e ao contrário do habitual, ao pequeno-almoço comem comunistas. Todos são uns grandes fascistas excepto os pró-Putin, esses têm agência de emprego em Setúbal.

Enquanto portuguesa e democrata, sinto-me insultada e até de certo modo vexada por ter representantes políticos deste calibre no meu país, e por mais que gostasse de ver determinadas posições, ideologias e códigos de conduta erradicados, isso não se faz por decreto até porque o discurso irrealista, extremista e contraditório, tem é de ser desconstruído. Ao desconstruirmos a mensagem, destruímos os mensageiros, e deixem que vos diga que nos últimos tempos isso parece cada dia mais fácil. É ver a ínfima e insignificante representação a que foram relegados na Assembleia da República Portuguesa, que já nem para muleta rabugenta servem. Só é pena não terem desaparecido ainda de vez, assim libertando em definitivo a instituição, da cassete vetusta.

Paz, Pão, Povo e Liberdade

No dia de ontem as bases do PSD-Madeira elegeram os seus representantes nas comissões políticas de freguesia. De um extremo ao outro da ilha, companheiros nossos chegaram-se à frente, mostraram o seu projecto e apresentaram as suas equipas, numa comunhão de ideias, num pluralismo de pessoas e numa combinação de forças para ganharmos 2023. A todos os que iniciaram mandato, faço votos de um excelente trabalho.

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