O Núcleo Regional da Quercus da Madeira vê com grande preocupação as notícias sobre a ampliação e construção de novos campos de golfe na Região.
Numa nota enviada à redação, o Núcleo Regional da Madeira da Quercus refere que “esta opção pelo investimento público no golfe revela ‘miséria de cabeça’ por parte do Governo Regional. Evidencia uma incapacidade de hierarquizar racionalmente prioridades, fazendo lembrar aquelas pessoas com consumos aditivos que gastam no vício o que têm e o que não têm, indiferentes às necessidades daqueles que lhes são próximos, levando frequentemente ao seu empobrecimento, enquanto contribuem para o enriquecimento de máfias que exploram a sua dependência”.
Na nota, assinada por Elsa Araújo, presidente do Núcleo Regional da Madeira, a Quercus ressalva não ser contra o turismo, mas reforça que esta é uma atividade que terá de ter conta, peso e medida. “Não somos contra o turismo! É uma atividade que está para a economia como um medicamento para um problema de saúde – na dose certa, resolve; em excesso, torna-se tóxico e até pode ser fatal! A opção não pode ser tudo ou nada. Deve ser uma dose otimizada! Infelizmente já temos muitos sinais da toxicidade do turismo. E não é o golfe que vai requalificar o destino. É a gestão dos resíduos, o tratamento das águas residuais, a gestão da água, a conservação dos solos, da natureza e da paisagem”.