O CDS defendeu, esta tarde, a reconversão de escolas desativadas e de hospital em unidades de apoio aos idosos.
“O envelhecimento da população é indiscutivelmente um dos grandes desafios que está colocado à governação e à sociedade madeirense”, começa por frisar o partido, dando conta de que hoje há 171 pessoas idosas para cada 100 jovens, “o que demonstra o envelhecimento acelerado da nossa população e com tendência para agravar-se nos próximos anos”.
“Se esta realidade revela um lado negativo, que é a redução drástica dos nascimentos e, por outro lado, tem um aspeto positivo, que é o facto de vivermos mais anos, a verdade é que esta última situação coloca desafios para os quais os serviços públicos, a comunidade e as famílias não estavam preparados”, constata o CDS, considerando, por isso, que a Saúde e a Segurança Social “estão a enfrentar sérios problemas” para responder às necessidades dos mais velhos.
“Às 230 altas problemáticas nos Hospitais regionais e às mais de 1.200 pessoas que esperam por um internamento num lar, ou numa residência assistida, ilustram o desafio que está colocado à Região e às suas políticas e serviços públicos”, realça, reafirmando a necessidade de tornar o Hospital Dr. Nélio Mendonça, numa unidade de assistência a idosos e lar para os mais velhos, quando entrar em funcionamento o novo Hospital.
“É por isso que o CDS está contra a venda do Hospital Dr. Nélio Mendonça e defende a sua colocação ao serviço do apoio e acolhimento dos mais velhos. Assim como entendemos que há um conjunto de escolas encerradas em toda a ilha, que podem ser reconvertidas em lares, residências assistidas, centros de dia e centros de noite para os nossos seniores”, indica.
“Se o ideal é manter os idosos nas suas casas; se é verdade que deve ser reforçada a ajuda domiciliária aos idosos que vivem nas suas casas; se é certo que o projeto Hospital Domiciliário deve ser estendido a toda a Região, é igualmente verdade que muitos dos nossos mais velhos precisam de atenção permanente e os familiares que trabalham não têm disponibilidade para prestar esse apoio. Daí a necessidade de investir em novas estruturas de acolhimento dos nossos maiores, já dependentes e sem autonomia”, afirma.
O CDS entende que esta resposta não impede que se continue a trabalhar para que todos possam ter um envelhecimento ativo, dando qualidade à esperança de vida de cada um dos madeirenses e portosantenses.
“A terceira e quarta idades não podem constituir um tormento e um pesadelo para ninguém e têm de ser uma fase do percurso de vida em que as pessoas tenham autonomia e independência para fazerem a sua vida. A idade mais avançada não pode ser um atraso, tem de ser uma oportunidade para viver com qualidade e dignidade”, remata.