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Artigo de Opinião

Economista

9/09/2023 08:00

Há que admitir que nem tudo é descabido. Apoiar o transporte público dos jovens é, sem dúvida, uma medida coerente. Bem como a intenção de baixar o IRS para quem entra no mercado laboral. Importa que esse ímpeto não termine nos cinco anos após a contratação da proposta Costa. Se queremos fomentar a independência e a formação de família por parte dos jovens, é imperativo criar condições fiscais para tal.

Na Madeira, a importância da política de juventude é tão ou mais importante ainda. Somos uma região ultraperiférica, com fortes dependências económicas do exterior, como é característico das economias insulares. Somos uma região profundamente marcada pela emigração - não só dos anos 1950-1970 mas também da emigração forçada pelo duplo ajustamento financeiro que a Madeira viveu depois de 2011.

O mercado laboral na Madeira atualmente vive uma boa evolução das taxas de desemprego, reduzindo-a consideravelmente desde os anos da troika. Hoje a economia reclama mais trabalhadores para poder responder às exigências dos setores turístico e do imobiliário. Em vez de utilizar o já velhinho cavalo de batalha populista da luta contra uma "subsidiodependência" que "não quer trabalhar" (novamente, a tendência do desemprego é de queda, por isso este argumento é falacioso), deveríamos perguntar porque é que os jovens que saíram da Madeira para estudar e para trabalhar, não estão a regressar? Aguardo com expetativa a apresentação em campanha eleitoral de um "cabaz da juventude" para a Madeira que responda com eficácia a essa pergunta.


Sugestão da Semana: As dinamizadoras da petição pública "Linha de apoio à Prevenção do Suicídio em Portugal" (https://peticaopublica.com/?pi=PT117487) transformaram o seu luto e dor familiar numa iniciativa de alta utilidade para a nossa comunidade: lançaram esta semana uma petição pela criação de uma linha de apoio telefónico de prevenção do suicídio que funcione 24 horas, 7 dias por semana. Isto porque a única linha de apoio que existe em Portugal funciona somente entre as 15h00 e 00h30, apesar da maioria dos suicídios ocorrerem durante a noite. Para que ninguém fique sozinho e sem apoio psicológico na sua hora emocional mais escura, junte-se à petição no link acima, para que esta petição chegue à discussão política na Assembleia da República e assim possa ser materializada pelos partidos políticos.

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