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Artigo de Opinião

Farmacêutico Especialista

18/10/2023 08:00

Poderíamos observar a aposta de Blaise Pascal, tendo por base a questão do acreditar em Deus, e com o conhecido desfecho do, apostando que Deus existe, se tivermos razão, ganhamos tudo, se errarmos, pouco ou nada perdemos, formulada tendo por base um argumento lógico de apologética cristã, isto como justificação para acreditar.

Desenganemo-nos, acreditar vem de dentro, essa força interior, disposição constante do espírito que nos induz à ação, no fundo não é querer crer, mas sim sentir o acreditar. Nunca necessitar de justificar o crer, a vontade não carece de justificação, arrisco dizer que quem não acredita justifica o acreditar, quem acredita, sente, Honoré Balzac "raciocinar onde é preciso sentir, é próprio das almas incapazes".

Por um lado, a observação do nada enquanto momento de indefinição, de vazio existencial, de falta de objectivos e de esperança, confere à existência de Deus a imagem real de Caminho, Verdade e Vida - "Ego Sum Lux Mundi, Via Veritas et Vita"

Por outro lado, quando o nada existe, por ausência de valores, de referenciais elevados, por ausência de moral, por ausência de liberdade de pensamento, é la que reside a boçalidade, que reside o Mal, Albert Camus de forma clara dita que "a estupidez insiste sempre", é tenaz e aqueles que do nada vem, e o nada vivem, para o nada regressam.

O nada existe não como antítese ou ausência de existência, mas sim como a sua negação.

O relato de uma Mãe do rapto dos filhos de 12 e 16 anos pelo Hamas, ou do rapto da mulher e dos filhos de 2 e 5 anos pelo Hamas, é de uma dor lancinante, uma ferida aberta no Mundo!

O Hamas enquanto organização terrorista, não advoga os preceitos do Islão, nem os ensinamentos de Maomé, o Hamas representa a animalidade boçal do nada, a ausência vertiginosa daquilo que supostamente defende, e tem de ser eliminado, não tem lugar neste Mundo, não representa a comunidade muçulmana, muito menos os palestinianos, que não se revêm neste modo de actuação selvático.

Não é possível esquecer também que os territórios ocupados sofrem/sofreram uma repressão inadmissível por parte de Israel, que o tratamento senhorial deixa marcas profundas, que representam uma das muitas injustiças que ainda subsistem no mundo, e que a solução passa pela coexistência de dois estados independentes.

O que todos desejam, inclusivamente, palestinianos e israelitas é uma vida em Comunhão e Paz, uma equidade consubstanciada em amor fraternal, e respeito entre povos, entre a multiculturalidade, entre credos.

As fações dirigentes sectárias, beligerantes, radicais, extremistas de ambos os lados, não tem o objectivo da população que lideram, é isso que nos faz repensar a democracia enquanto sistema que não representa os interesses supremos das populações, mas sim de políticas partidárias e como tal sectárias e visões de divisão e tumulto social, para interesse próprio.

A existência de um Deus deverá ser sempre um motivo de Concórdia, razão de Paz, razão de Vida.

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