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Artigo de Opinião

Presidente da Câmara Municipal de Porto Moniz

4/01/2023 08:00

Este ano apresenta-se como um ano de desafios decorrentes do contexto mundial, contexto ao qual nada nem ninguém consegue estar alheio ou escapar.

Vamos sentir no bolso, nas prateleiras do supermercado. Os agricultores vão sentir aí e na hora de adquirirem sementes, fertilizantes e equipamentos. Os empresários da construção civil vão sentir na hora de adquirirem matérias-primas. Os empresários em geral vão sentir na hora de adquirirem serviços fundamentais ao para o funcionamento dos seus negócios.

Embora as perspetivas não sejam animadoras, há que olhar o futuro com esperança porque ainda há pouco tempo passamos por uma pandemia que virou do avesso as nossas vidas, mas estávamos já em fase de recuperação quando a guerra entre a Rússia e a Ucrânia veio colocar um travão na franca recuperação a que se assistia.

A mim, enquanto autarca, interessa-me o bem-estar dos meus munícipes e interessa-me que as empresas do meu concelho estejam fortes e consigam superar mais este forte abalo e é por esse motivo que, na minha perspetiva, sendo 2023 um ano em que os orçamentos familiares sofrerão consideráveis adversidades, é imprescindível, cada vez mais, darmos continuidade aos apoios sociais.

Com o aumento dos preços a chegar também à medicação, mostram-se cada vez mais pertinentes e oportunos os apoios à nossa população idosa na aquisição de medicação e de fraldas ou resguardos para os acamados.

No Porto Moniz, estamos de consciência tranquila pois sabemos que, em ano que se avizinha de dificuldades, na hora das nossas famílias "deitarem contas à vida", se assumirão de fulcral importância os apoios à natalidade, o pagamento das mensalidades da Creche e Pré-Escolar, o reembolso das despesas de alimentação dos alunos do último ano de Pré-escolar e 1.º Ciclo, a cedência de manuais e o pagamento do transporte escolar.

No Porto Moniz, continuamos a oferecer condições aos que que querem regressar à sua terra para que o façam sem qualquer tipo de discriminação, pensando nesta situação concreta e prevendo o acesso pelos mesmos a todos os apoios municipais, aquando da elaboração dos respetivos regulamentos.

No pós-pandemia, o turismo encontrava-se em franca expansão e ainda que se denote já um abrandamento ainda somos muito procurados e é importante manter-se a atratividade do destino.

Se é verdade que com a crise muitas pessoas viajarão menos, também é verdade que muitos continuarão a viajar e é essencial que se continue a trabalhar no sentido de que a Madeira e o Porto Santo estejam no leque dos destinos com significativa procura. As autarquias promovem, na medida das suas possibilidades, os seus concelhos e as suas freguesias, disponibilizam infraestruturas de qualidade e cuja manutenção é por si só, muitas vezes, extremamente dispendiosa, mas é preciso mais. É preciso que a estratégia de promoção do Destino Madeira/Porto Santo seja mais aguerrida, mais abrangente do que o lettering tipo Google e que venda todas as potencialidades do destino.

É imprescindível que o Governo Regional olhe por todos e para todos e relativamente à forma de olhar deste Governo, espelhada no PIDDAR 2023, não me pronunciarei hoje, mas deixo já a promessa, à laia de resolução de Ano Novo, que o farei um dia destes, da forma atenta e mais despretensiosa que me for possível e que esse documento permitir.

Como já por diversas vezes referi, é importante que rememos todos para o mesmo lado, com o fim último de vermos a Região prosperar, num todos, sem sectarismo, sem demagogia e sem aproveitamento político das situações. Disso beneficiará a nossa população e a nossa terra.

Nem tudo será mau. É preciso esperança e resiliência para vencermos as dificuldades que forem surgindo. É preciso união que não nos usurpe o sentido crítico e o espírito reivindicativo. É preciso diálogo. São necessárias pontes e sinergias.

Mais um Ano… Vamos!

Votos de um excelente 2023!

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