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Artigo de Opinião

10/01/2023 08:00

Insignificância 1

Um homem foi considerado nomeável braço direito do primeiro-ministro de Portugal, tendo como píncaro da sua genialidade a ideia de pagar 300 mil euros de rendas pelo arrendamento de pavilhões que nem estavam (nem foram construídos), na terra em que presidia ao município.

Quando lhe falaram no caso deu uma entrevista em que se considerava vítima de inveja, motivo pelo qual essa história estaria a ser empolada. Nome? Miguel Alves.


Insignificância 2

Uma engenheira vai representar o Governo de Portugal numa empresa que só tem lá metidos 3,4 mil milhões de euros do Estado (10 hospitais Universitários da Madeira). Uns meses depois sai em conflito com a administração, pede 1,4 milhões de euros de indemnização.

Teve de se contentar com meio milhão, coitada, e com a presidência de outra importante empresa pública - a NAV Portugal.

Ir para Secretária de Estado de Fernando Medina foi a coisa mais natural do mundo. Para ela!


Insignificância 3

Uma Senhora, Carla Alves, considerou que tinha todas as condições políticas e morais para, na véspera da moção de censura ao Governo de Costa, aceitar ser secretária de Estado da Agricultura de um governo do Partido Socialista.

Tenho de reconhecer que, perante aquilo a que estava a assistir, bem lhe pode ter passado pela cabeça que as amostras dos dias anteriores eram coisas de monta muito superior às "minudências" que, enquanto mulher de um socialista, tinham acontecido na sua vida.

Ela só tinha contas penhoradas, só tinha sido condenada a devolver 68 mil euros por dinheiro considerado indevidamente recebido pela Inspeção Geral da Administração Local, dado que acumulou funções privadas de formadora com as de funcionária municipal (presidia o marido!).

Além disso, no Tribunal Administrativo e Fiscal de Mirandela os juízes, refere o Expresso, só confirmaram a ilegalidade e duvidaram inclusivamente que as supostas ações de formação tenham sido alguma vez efetuadas.

Mas como o procedimento criminal contra Carla Alves prescreveu, que desconforto poderia sentir esta Socialista, para aceitar o honroso lugar ao lado da ministra e de António Costa? Nenhum!!

Tanto foi assim que o primeiro-ministro o reafirmou em pleno Parlamento e ela, que desconsideração, esperou pelo fim do debate para se demitir - alegadamente porque se considerava sem "condições políticas e pessoais".


Insignificância 4

No fim de semana surge a notícia de que a exonerada secretária de Estado do Turismo, 38 dias depois foi trabalhar para um projeto a quem deu benefícios enquanto governante.

É ilegal. Mas isso importa? Ao que pude ler, a senhora, quando contactada respondeu coisa arrogante e de evidente borrifar para a ética.

O que lhe acontecerá? Nada. Com os socialistas não acontece nunca nada, porque a lei que fizeram tem como punição uma banalidade, que incentiva precisamente a que se prevarique.


Insignificância final

Noticia o Público que, na reunião do Grupo Parlamentar do Partido Socialista, o tom não era o de vergonha e condenação por este desfile de "ética Republicana" e sim o de preocupação com a imagem do PS.

Claro que sim.

Porque haveriam os deputados socialistas condenar estas práticas?

Três crimes de que José Sócrates foi acusado, estão prestes a prescrever!

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