Neste espaço que me é conferido, aproveito para exortar todos os madeirenses e porto-santenses sem exceção, incluindo os nossos governantes, entidades eclesiásticas, camarárias, policiais, militares, organizações cívicas e clubes para que em união, com os seus compatriotas na África do Sul, no próximo dia 14 de novembro, sem preconceitos ou complexos, manifestem a sua solidariedade em memória das vítimas e também para com os familiares, genufletindo, durante um minuto, seja qual for o local onde se encontrem, para que esse gesto, essa demonstração seja igualmente um verídico de consciência com o intuito de chamar a atenção de quem de direito e permitindo contribuir assim na ajuda ao combate de toda esta ignomínia e atestar que estamos em luta contra criminosos que estão ilegalmente melhor armados que a polícia, especialmente agora que sabemos que o governo planeia desarmar os cidadãos com licença de uso e porte de arma de fogo para defesa pessoal.
A materializar-se esta lei, todos ficaremos mais vulneráveis e sem possibilidade de nos defendermos e aos nossos familiares. Uma vez que se observam atualmente tensões a fervilhar entre nacionais estrangeiros e locais, basta apenas uma pequena faísca espoletando um banho de sangue. Penso ser uma oportunidade para tonificar o relacionamento da Madeira com os familiares de quem homenageamos e não só afirmarmos que discordamos de comportamentos animalescos ou piores, onde os valores humanos caíram no esquecimento.
Com este gesto podemos também homenagear os sul-africanos vítimas maiores da violência e demonstrar a nossa aversão à xenofobia e ao racismo, relembrando a todos que as preocupações acrescidas que se instalaram em todos os residentes no país desde a semana passada onde três ministros, incluindo o da segurança, foram feitos reféns.
Não devemos ignorar o que realmente existe, que não pode nem deve continuar a ser aceite de cara alegre e nem podemos continuar com o trauma psicológico e até mesmo com a perceção de que os nossos corpos são os locais de crime.