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Artigo de Opinião

4/01/2022 08:00

O leitor já sente diferença? Ou para si continua tudo igual? Ou pior? Há sempre a perspetiva de pior, essa é uma realidade a que nos temos de habituar, abraçá-la e nutrir. Mas penso que com dois anos de pandemia nas pernas já aprendemos isso, que pode sempre piorar.

Continuando no tema, sei que provavelmente fez as suas resoluções para o ano que agora estreia, também é provável que tenha já começado a falhar ou a empurrá-las para a próxima semana, com isto não estou a querer dizer mal do caro leitor, aliás até pretendo-o louvar, se fez as resoluções para o novo ano está mais próxima de concretizá-las do que alguém que não as fez, como é o caso de quem escreve estas linhas.

Recentemente percebi que não tenho muitas tradições, e hábitos, nesta passagem festiva, não como passas, não faço a mínima com que pé é que "entro", as cuecas não são azuis, aliás até é provável estarem com um pequeno buraco, não queimo dinheiro - é o mesmo que dizer que os foguetes bonitos que vê no dia 31 de certeza não foram largados por mim -, e agora, como passar dos anos, já não coloco os sapatos de baile, o fato, nem a gravata. Acaba por ser mais um dia, que coincide com o final de alguma coisa, que neste caso são os 365 dias que compuseram o ano de 2021, e daqui a outros, na altura que irá ler-me serão menos de 365, estaremos a falar do final de 2022, e por aí em diante.

Apesar de não haver resoluções deste lado, há expectativas. As eleições no final deste mês são um caso, saber se o outro diário já acabou com uma página "patrocinada" pela Iniciativa Liberal através do seu "instituto" é outro. Claro que estou mais expectante para o cumprimento das 1001 promessas eleitorais na Câmara Municipal do Funchal, da mesma forma que quero perceber o que irá a acontecer a um PS que ninguém sabe quem manda. Confesso que também estou bastante ansioso para ver no que vai dar o ‘novo rumo’ do Club Sport Marítimo, até agora parece estar bem encaminhado. Mas, como é óbvio, a maior expectativa é perceber quando é que vai ficar tudo descontrolado, visto que tem estado sempre controlado.

O ano 2022 promete, aliás todos eles nos primeiros dias de janeiro prometem, o problema é quando entra fevereiro e chegamos a meados de março e percebemos que afinal é mais do mesmo, entretanto chegou a primavera e pensamos que com o desabrochar das flores o ano vai mudar e voltamos a agarrar-nos a essa esperança, entretanto já passamos por abril e maio e tudo fica igual, acordamos em junho e vemos que já perdemos meio ano à espera que algo mude, a sorte é que está aí o verão e ficamos entretidos com ele, até setembro entramos em férias e não pensamos em mais nada, de um momento para outro é outubro e as folhas começam a cair, a melancolia atinge e esperança torna-se mais ténue, mas acreditamos que ainda há tempo para 2022 melhorar, só que já estamos em novembro e ali na curva, a espreitar pelo canto, está dezembro e a promessa de um 2023 melhor que 2022, mas isto com jeitinho damos por nós em 2024, sem saber que fomos atropelados por um camião que nunca trouxe esperança, apenas alimenta-nos com ela de modo a irmos sobrevivendo.

Então é isto o que nos espera em 2022?

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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