O problema, na atualidade, é que, em Portugal, o Estado Social tem vindo a dar lugar a um Estado Socialista.
Helena Matos, no Observador, tem partilhado umas teorias muito interessantes sobre o tema, que teriam muito mais piada se fossem apenas teorias da sua cabeça. A questão é que aquilo que tem escrito não são suposições ou possibilidades, é precisamente o Estado a que isto chegou.
Nos últimos anos, ainda que tenhamos de considerar uma pandemia e uma guerra pelo meio, surgiram apoios para tudo. Principalmente para aqueles que são apelidados de mais vulneráveis. O PS, que aqui assobia para os lados com as suas noções de pobreza, não vê aquilo em que transformou o país - um deserto de esperança, um "vulnerabilismo" medonho.
O PS acha, cada vez mais, que se jogar meia dúzia de tostões para cima dos problemas eles desaparecem. Mas não. Os pobres continuam pobres, os vulneráveis mais dependentes, a classe média a desaparecer. Todos ficam à mercê de quem não sabe governar este País, apenas lá está, nos corredores de ministérios, a ocupar espaço.
Este país está como se sabe.
A escola pública está nas ruas da amargura. E o ensino superior? As doze mil camas prometidas em 2019 e, depois, em 2022, para os universitários, estão prontas?
Os transportes estão parados, em greve intermitente, porque os profissionais sentem-se desvalorizados.
A TAP está à espera dos nossos milhões - mas, agora, com uma "francesa sem nada a perder", como li algures nas redes sociais, a servir uma vingança fria em plena Assembleia da República.
A saúde está doente - com poucos recursos, profissionais agastados, serviços desorganizados.
A habitação é a tristeza que se sabe, espelhada na desgraça "venezuelizada" que querem impingir aos portugueses.
E eu até podia fazer aquele exercício de comparação entre a Madeira e o resto do país, mas vou poupar-vos a isso.
Primeiro, porque, como social democrata, podem dizer que eu tenho interesse nessa comparação. Segundo, porque se pensarmos na nossa realidade, a comparação, afinal, é fácil, clara e impossível de ser mais transparente.
O País está como se sabe e, como lusos que também somos, é impossível não termos vergonha do que o PS fez a Portugal e aos Portugueses.