O Sindicato dos Trabalhadores em Funções Públicas e Sociais do Sul e Regiões Autónomas manifestou, uma vez mais, a sua indignação perante o que considera ser um tratamento discriminatório dos trabalhadores da Universidade da Madeira face aos restantes trabalhadores em funções públicas na Região.

Segundo o sindicato, apesar de a Universidade da Madeira depender da tutela do Governo da República, desenvolve a sua atividade na Madeira, devendo, por isso, aplicar o regime laboral regional.

A estrutura sindical aponta várias situações que considera discriminatórias, nomeadamente “a aplicação do salário mínimo nacional em detrimento do salário mínimo regional, bem como diferenças no regime de férias. Estas situações junta-se agora a decisão da Reitoria de aplicar os mesmos dias de tolerância de ponto definidos para a República”, conforme se pode ler na nota de imprensa.

De acordo com o sindicato, a situação atinge “contornos de absurdo” com a atribuição da tolerância de ponto no dia 26 de dezembro, sendo feriado regional. Na perspetiva sindical, esta decisão ignora a realidade social e familiar dos trabalhadores da Universidade da Madeira.

O sindicato defende que “a Reitoria deveria ter em consideração as recomendações sobre conciliação entre a vida profissional, familiar e pessoal, nomeadamente as orientações da Direção-Geral do Emprego e das Relações do Trabalho, que apontam para a promoção do bem-estar, da motivação e da qualidade de vida dos trabalhadores”, lê-se.

Para a união sindical “a decisão de conceder tolerância de ponto num dia feriado revela falta de sensibilidade e impede os trabalhadores da Universidade da Madeira de usufruírem de tempo em família numa época festiva”, contata-se.