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Movimento de mercadorias resiste aos efeitos da pandemia

JM-Madeira

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Data de publicação
22 Fevereiro 2021
5:00

Não fora a crise pandémica que marcou a economia, os portos da Madeira teriam registado uma das melhores marcas dos últimos anos. De acordo com dados estatísticos agora revelados pela APRAM – Administração dos Portos da Região Autónoma da Madeira – o movimento registado nos primeiros três meses do ano passado foi “o melhor dos últimos cinco anos”.

Porém, em março veio a crise que trouxe uma considerável redução de consumo, sobretudo na área da restauração e hotelaria, uma vez que a Região viu baixar brutalmente o número de turistas.

Apesar dessa quebra, o transporte de mercadorias manteve um movimento interessante que é agora realçado pela APRAM. De acordo com os dados estatísticos interpretados por aquela entidade, “a quebra na carga contentorizada foi de apenas 2% face ao ano anterior”. Essa constatação leva a APRAM a afirmar que “o movimento de mercadorias nos portos da Madeira teve uma quebra pouco acentuada, face às previsões.” Para essa leitura concorrem alguns fatores. A começar a manutenção dos níveis de transporte de mercadorias, passando por um aumento dos bens de consumo doméstico, sem esquecer os números positivos da indústria da construção civil.

Esses três indicadores juntos ajudam a explicar o efeito compensatório que o transporte de mercadorias teve nos portos da Madeira.

Os dados revelados ao JM apontam para um crescimento de 3% no terminal cimenteiro dos Socorridos, que passou das 70.666 toneladas descarregadas em 2019 para as 72.471 toneladas de 2020. A APRAM observa, por outro lado, que a quebra mais significativa foi no movimento de combustíveis, com uma descida de 23% face a 2019. A redução é entendida como “natural, face à atual conjuntura que afetou, de forma determinante, o transporte marítimo, aéreo e terrestre”, acrescenta aquele organismo na explicação enviada ao Jornal.

Apesar de tudo, a Administração dos Portos da Madeira considera que “os dados agora divulgados refletem também os três primeiros meses do ano, período pré-pandemia e de crescimento contínuo da economia regional com uma subida de mais de 5%, face ao mesmo período de 2019, num crescimento assinalado como o melhor dos últimos cinco anos”.

Apesar do bom desempenho do início do ano, antes da pandemia, e apesar do volume de carga contentorizada, a APRAM admite que nos portos da Região – que inclui as infraestruturas do Funchal, Caniçal, Porto Santo, Companhia Logística de Combustíveis e Terminal Cimenteiro dos Socorridos – a quebra geral foi de 9%, o que representa menos 114 toneladas do que em 2019.

Ao todo, ao longo do ano passado a Região importou 950 toneladas, o que representa uma quebra superior a 101 toneladas face a 2019. Igual sentido teve a exportação, que se ficou por 163 toneladas, cerca de menos de 12 toneladas do que em 2019.

Por Miguel Silva

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