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Pequena multidão tenta ver o local de sepultamento do Papa, mas sai desiludida

Data de publicação
25 Abril 2025
14:42

Uma pequena multidão juntou-se hoje na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, para tentar ver o local onde o Papa Francisco ficará sepultado, mas muitos saem desiludidos por o espaço estar vedado.

Francisco havia indicado um local na basílica apostólica, a três quilómetros e meio de São Pedro, e pediu uma campa mais discreta que os antecessores, com uma simples inscrição “Franciscus”.

“Viemos cá, a Igreja é bonita, mas não vimos o local. Estava vedado”, disse Carlos, um peregrino português que veio de França, onde é imigrante.

A mesma desilusão tiveram as italianas Constança e Rosário, que vieram hoje de Bérgamo passar o feriado italiano em Roma para prestar homenagem o Papa.

“Demorámos meia-hora hoje a ver o Papa na Basílica de São Pedro, onde a urna está exposta desde quarta-feira, e viemos aqui, demorou hora e meia, para ver onde ele vai ficar mas não conseguimos”, desabafa Constança, visivelmente desiludida depois de sair da igreja.

A poucos metros passava Carla Antão que veio num grupo de seis pessoas de Roma. Ainda não foi ver a urna, mas já tem marcada uma visita a Santa Maria Maior para hoje às 16:00.

“Já tínhamos esta viagem marcada para o jubileu dos jovens”, mas a “morte do Papa mudou as coisas” e “estamos aqui também para o homenagear”, afirmou Carla Antão, que promete ir no sábado ao funeral.

Francisco é o “Papa de todos” e “vou tentar prestar-lhe todo o respeito”, afirmou.

“Foi um Papa que sofreu, que abriu as portas a todos para que todos encontrassem o seu caminho para Deus e permitiu que Deus tocasse os seus corações”, explicou a católica.

Sobre o seu sucessor, Carla Antão espera que seja o “Papa que o Espírito Santo escolher num tempo de tanta turbulência e de dúvidas”.

A italiana Rosário vai mais longe: “é importante que siga os passos iniciados pelo nosso Papa Francisco”.

Sobre a nacionalidade, Rosário e Constança sorriem e dizem que não fazem questão que seja um italiano.

“Queremos um Papa bom, italiano ou estrangeiro. Será sempre o nosso Papa”, resume Constança.

A três quilómetros de distância, Rodrigo um catequista do Porto que está em Roma para o Jubileu dos Jovens concorda e rejeita a importância das nacionalidades.

“O Papa é de ‘todos, todos, todos’, não é de um país”, afirmou o jovem.

A Praça de São Pedro encheu-se hoje com milhares de peregrinos para o Jubileu de Jovens, muitos com bandeiras dos seus países e t-shirts evocativas das suas paróquias.

O ponto alto deste jubileu era a canonização de Carlo Acutis agendada para domingo, que foi suspensa, devido ao funeral de Francisco.

A cerimónia de domingo será presidida pelo secretário de Estado, o cardeal Parolin, mas as celebrações deste fim de semana serão marcadas pela presença de muitos milhares de peregrinos, a maioria jovens e alunos de catequese, vindos de todo o mundo.

O Papa Francisco morreu na segunda-feira aos 88 anos, de AVC, após 12 anos de pontificado.

Nascido em Buenos Aires, a 17 de dezembro de 1936, Francisco foi o primeiro jesuíta e primeiro latino-americano a chegar à liderança da Igreja Católica.

A sua última aparição pública foi no domingo de Páscoa, no Vaticano, na véspera de morrer. O papa Francisco esteve internado durante 38 dias devido a uma pneumonia bilateral, tendo tido alta em 23 de março.

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