Na véspera da greve geral agendada para amanhã, há pressões sobre os trabalhadores de grandes superfícies para não aderirem à paralisação. A denúncia é da USAM que tem recebido informações de essa situação está a acontecer particularmente nos centros comerciais e grandes superfícies comerciais. Segundo Alexandre Fernandes, vários sindicatos relataram situações em que trabalhadores foram advertidos de que “se a loja não abrir, serão eles a pagar a multa”.
“Infelizmente, temos a lamentar estas pressões. Isto não nos surpreende, mas preocupa-nos. É uma forma de intimidação que tenta desmobilizar e condicionar o direito constitucional à greve”, denuncia o dirigente da União de Sindicatos da Madeira, em declarações ao JM.
O sindicalista salientou que as pressões não ocorrem apenas dentro das empresas, mas também são intensificadas por decisões ao nível regional relativamente aos serviços mínimos. “Há uma tentativa de condicionar a greve através da imposição de serviços mínimos que, em muitos casos, não se justificam. E isso acaba por desmobilizar parte dos trabalhadores”, explica.
Ainda assim, afirma que essa pressão está a ter o efeito contrário ao pretendido: “Os trabalhadores estão motivados e conscientes. Estão a enfrentar dificuldades no dia a dia e percebem que estas propostas legislativas só vão agravar a precariedade e tornar a situação ainda mais difícil.”
“Nada disto é novo, mas agrava o que já é mau”