Já nos pedidos de esclarecimento ao JPP, no âmbito do debate potestativo sobre ‘Mobilidade Aérea e Marítima’, o PSD, pela voz de Jaime Filipe Ramos, criticou o JPP por não reconhecer o trabalho desenvolvido pelo governo regional em matéria de mobilidade, com uma luta constante com os governos centrais para avanços nesta matéria, ao nível do subsídio social de mobilidade e não só.

Na resposta, Élvio Sousa reagiu, afirmando que a mobilidade não pode ser só a pensar nos turistas que entram.

Gonçalo Velho, do PS, falou sobre a mobilidade terrestre estrangulada, com uma pressão na via-rápida e via expresso, não apenas com os carros dos madeirenses, como dos rent-a-car. Defendeu a necessidade de repensar a mobilidade na Madeira de forma integrada e abrangente, destacando que o Partido Socialista vê a mobilidade como uma “rede”, e não apenas como a capacidade de sair da Região. Destacou números de circulação, como os 21,5 milhões de passageiros transportados por autocarro em 2024, os 2 milhões de passageiros no transporte aéreo para o continente e o tráfego diário de veículos na Via Rápida e nas Vias Expresso.

Gonçalo Velho alertou para os problemas de congestionamento nas principais vias da Madeira, como a Via Expresso entre a Ribeira Brava e a Calheta e o trânsito entre o Caniço e o Funchal, que são consequência de um planejamento deficiente. A mobilidade não se resume a movimento, mas envolve “planeamento, segurança e justiça”.

O deputado criticou a falta de articulação intermunicipal e propôs uma revisão profunda dos planos de mobilidade da Região, com foco em sustentabilidade e coesão territorial. “Queremos mais opções de transporte público, eficazes, frequentes e acessíveis”, afirmou, defendendo a criação de uma rede de transporte público interligada e eficiente para todos. Ao finalizar, fez duas perguntas aos secretários regionais: como será enfrentada a pressão do turismo e da logística sobre o tráfego rodoviário, e quando será atualizada a rede de transporte público na Madeira.

Contudo, como esclareceu a presidente do Parlamento, neste momento em particular, as questões tinham de ser dirigidas ao deputado Élvio Sousa, que requereu o debate potestativo, e tinham de versar sobre mobilidade aérea e marítima.