MADEIRA Meteorologia

Presidente da ALRAM pede humanidade no acolhimento aos imigrantes

Data de publicação
09 Dezembro 2023
20:18

O presidente da Assembleia Legislativa da Madeira pediu, hoje, em Machico, “o máximo de humanidade” no acolhimento aos estrangeiros que procuram a Região para trabalhar.

José Manuel Rodrigues foi um dos intervenientes na cerimónia do lançamento, a título póstumo, do livro ‘A Emigração Portuguesa para o Havai - 1878 - 1913’, de autoria de Gabriel Arcanjo Branco de Olim.

Lembrou que “a Madeira continua a ser uma terra de gente que parte, agora felizmente em muita menor escala, mas nos últimos tempos passou a ser um lugar de gente que chega à procura de uma melhor vida, fugindo da pobreza, da miséria, dos conflitos armados e de perseguições religiosas e políticas nos seus países de origem. Pessoas que vêm do Nepal, da Índia, do Bangladesh, do Sri Lanka, da Guiné, e de Moçambique para trabalhar, satisfazendo as necessidades do mercado e do crescimento de setores como a construção civil, a restauração e o turismo”.

“Nós, madeirenses, que conhecemos bem o fenómeno e os problemas de quem procura noutras terras o que a sua ilhas não lhes podia oferecer, temos o dever de acolher e integrar estes imigrantes da melhor forma possível”, afirmou.

Sublinhou ainda: “São seres humanos que procuram apenas o melhor para si e para as suas famílias, com comportamentos e culturas diferentes das nossas, mas que devem ter os mesmos direitos e os mesmos deveres dos que aqui nasceram. Não podemos admitir que nenhum destes imigrantes seja vítima de exploração ou de xenofobia e temos a responsabilidade os acolher com o máximo de humanidade”.

Sobre o livro, destacou a qualidade da obra.

“É um preciso contributo para conhecermos melhor o que foi e é a nossa diáspora e de como as nossas gentes foram em demanda de uma vida melhor do que aquela ingrata que a terra-mãe proporcionava”, salientou.

“Esta pesquisa mostra o que foram capazes de fazer os insulares no Havai e de como levaram a nossa cultura, a nossa identidade e aí construíram uma ‘madeirensidade’, sem que isso prejudicasse o seu processo de acolhimento e integração neste estado dos estados unidos”, disse.

Segundo José Manuel Rodrigues, a edição deste livro “é uma primeira homenagem, a título póstumo, a um ilustre machiquense e grande madeirense, que tendo vencido cedo os horizontes da ilha, nunca esqueceu as suas origens”.

O presidente da ALRAM entende que a Região tem uma grande dívida para com Gabriel Olim. “Tendo desempenhado elevados cargos na administração pública portuguesas e tendo servido em grandes instituições internacionais, como a Organização Mundial de Saúde, permanece olvidado dos tempos que corre”, considerou.

O presidente da autarquia machiquense, Ricardo Franco, anunciou na ocasião que a autarquia “vai criar o Prémio General Gabriel Olim a ser atribuído anualmente ao aluno ou aluna das universidades portuguesas que mais se evidencie no curso de Medicina”.

OPINIÃO EM DESTAQUE

88.8 RJM Rádio Jornal da Madeira RÁDIO 88.8 RJM MADEIRA

Ligue-se às Redes RJM 88.8FM

Emissão Online

Em direto

Ouvir Agora
INQUÉRITO / SONDAGEM

Quem acha que vai governar a Região após as eleições de 26 de maio?

Enviar Resultados

Mais Lidas

Últimas