Na conferência ‘Ser mulher: passado, presente e futuro’, promovida por Mónica Freitas, a cabeça de lista do partido e o presidente da Assembleia Legislativa da Madeira, José Manuel Rodrigues, apontaram a diferença salarial entre géneros como um dos principais retrocessos sociais dos últimos anos.
O presidente do Parlamento madeirense manifestou, de forma veemente, o “profundo repúdio e protesto por termos retrocedido e matéria de disparidade salarial entre homens e mulheres”, quando, no seu entender “devíamos estar a caminhar para uma convergência e igualdade salarial, a verdade é que a divergir. Essa é uma das grandes lutas sociais que temos o dever de travar”, frisou.
“É fundamental que nós, enquanto sociedade, continuemos a defender, sem reservas, um pensamento assente numa cultura de respeito, afeto e tolerância, apostando em ações de sensibilização dirigidas, que incidam sobre questões relacionadas com a igualdade de género, e repudiando toda e qualquer forma de preconceito e discriminação”, disse José Manuel Rodrigues, vincando que “a luta por direitos iguais não se extingue na legislação nem nas políticas”. Para o Presidente do Parlamento madeirense, mais do que reformas, é necessária uma “batalha pela educação e pela transformação de mentalidades e das culturas”.
Já Mónica Freitas vincou que “a igualdade plena entre homens e mulheres ainda não foi atingida”, tendo sido representada pelo porta-voz Válter Ramos que, em nome da cabeça de lista, mencincou que “apesar dos avanços, persistem desigualdades profundas. As mulheres continuam a enfrentar discriminação no mercado de trabalho, tendo até aumentado o fosso salarial entre homens e mulheres nos últimos 10 anos”.
“As mulheres continuam a ser as principais da violência doméstica e, ainda muitas vezes sozinhas, têm o peso de conciliar a vida profissional e a vida de casa. Tudo isto são desafios que exigem de todos nós enquanto, cidadãos e cidadãs e enquanto sociedade ações determinadas”, referiu o porta-voz.