Os autarcas do PSD na Câmara Municipal de Machico apresentaram um voto de protesto, na reunião de vereação, pelo encerramento da Rua da Árvore durante o período de Natal.
Em nota de imprensa, os vereadores social-democratas consideram que esta decisão do executivo municipal “evidência insensibilidade e falta de consideração” pelos impactos que gera no trânsito na baixa de Machico, além de representar prejuízos para os comerciantes, residentes e outras pessoas que utilizam diariamente aquela zona central da cidade.
“Trata-se de uma decisão que foi tomada sem auscultação pública, sem diálogo prévio com os agentes económicos e sociais e sem a apresentação de alternativas mitigadoras dos constrangimentos previsíveis, confluindo o trânsito para a ponte junto à foz da ribeira, que apresenta problemas técnicos por resolver e para a maior zona comercial de Machico, provocando engarrafamento no trânsito e transtorno aos munícipes”, referem.
Como alternativa, indica a mesma nota, os vereadores do PSD sugeriram a utilização da Praceta 25 de Abril, uma vez que “permitiria manter acessos essenciais, designadamente aos estacionamentos, e assegurar um equilíbrio adequado entre as festividades e as necessidades quotidianas da população”.
Mais informa a vereação social-democrata que o executivo municipal “rejeitou ainda todas as propostas de recomendação apresentadas pelo PSD”, entre as quais um plano municipal de controlo de pragas, a implementação de medidas de prevenção de riscos associados a árvores públicas e a intervenção urgente no cemitério municipal, onde infiltrações estão a atingir habitações vizinhas, representando, segundo os proponentes, riscos ambientais e para a saúde pública. Também foi recusado um voto de louvor às escolas do concelho pelo “dinamismo e participação ativa em programas europeus”.
Face a esta postura, os autarcas social-democratas manifestaram a sua insatisfação pela rejeição de “planos estratégicos essenciais para a melhoria do serviço prestado à população”, acusando o executivo municipal de “prepotência” e “de falta de visão”. Ainda assim, garantem que manterão o seu compromisso de trabalho em prol do concelho, mesmo com a rejeição de um pedido para a atribuição aos vereadores sem pelouro de um gabinete próprio para que possam exercer o mandato “em condições adequadas”.