O presidente do CDS Madeira defendeu, ontem à noite, “a necessidade de fazer refletir na vida dos madeirenses os resultados do crescimento económico regional”.
José Manuel Rodrigues diz que isso tem vindo a ser feito, mas que tem que ser reforçado “com aumentos de salários superiores à inflação e com a diminuição da carga fiscal sobre os cidadãos e famílias”.
Num jantar de Natal, no Caniço, que reuniu militantes e dirigentes da Concelhia de Santa Cruz, o líder centrista destacou o facto de o próximo Orçamento regional contemplar uma descida de 30 por cento em todos os escalões do IRS, “uma bandeira do CDS”, uma redução de um ponto percentual na taxa mínima do IVA, uma diminuição do IRC para 13,3 % e de a Região aumentar o salário mínimo para 980 euros, em 2026, “outra bandeira do partido”.
Rodrigues afirma que este caminho de redução de impostos “deve ser complementado com um aumento dos salários da classe média, acima da inflação, por forma a que os madeirenses sintam, na sua vida, os resultados do crescimento económico que a Madeira regista há 55 meses consecutivos”.
O presidente do CDS destacou o facto de o Orçamento continuar a inscrever duas antigas propostas do partido, “o subsídio de insularidade para os trabalhadores dos setores privado e social e a criação de um salário de referência para os jovens licenciados quando entram no mercado de trabalho, que devem ser negociados no Conselho de Concertação Social”.
O dirigente democrata-cristão garantiu que “a melhor forma de reduzir a pobreza e a exclusão é por via do trabalho e da melhoria dos rendimentos e pensões e isso pressupõe uma justa redistribuição da riqueza criada”.
Rodrigues fez um balanço do ano político, considerando que “o CDS resistiu a todas as ameaças e adversidades políticas, e nas eleições regionais manteve a sua presença no Parlamento e no Governo e nas eleições autárquicas, cumpriu todos os objetivos, renovando a vitória na Câmara de Santana, passando de 4 para 6 Juntas de freguesia e tendo eleito mais de 100 autarcas na Madeira e no Porto Santo”.
“O CDS é o garante da estabilidade política na Madeira e isso tem que ser reconhecido pelos madeirenses e pelo nosso parceiro de coligação”, concluiu José Manuel Rodrigues.
O líder democrata-cristão, que tinha na frente vários dirigentes da comunidade luso-venezuelana na Madeira, dirigiu uma palavra de “intensa solidariedade aos madeirenses que vivem na Venezuela, muitos deles impedidos de virem passar a Festa à sua terra” e disse ter a convicção de que “mais cedo do que tarde assistiremos a uma viragem na Venezuela e o país verá restabelecidas as liberdades e o Estado de Direito Democrático”.