Na apresentação da nova Estratégia Regional para a Prevenção e Redução dos Comportamentos Aditivos 2026-2030, Licínio Santos destacou a necessidade de reforçar as respostas de tratamento disponíveis na Região, revelando que estão previstas novas infraestruturas para dar resposta às diferentes fases da recuperação.
O responsável explicou que a comunidade terapêutica tem sido, até agora, um dos patamares possíveis no acompanhamento de pessoas com dependências, mas sublinhou que não se trata da solução mais ajustada às características e dimensão da Região. “Ao nível da comunidade terapêutica, e dadas as nossas especificidades, não nos faz sentido ter uma estrutura destas cá”, porque, conforme deslindou, se destinam sobretudo a doentes completamente marginalizados da sociedade.
Segundo Licínio Santos, o número reduzido de casos encaminhados confirma essa realidade. “No último ano, tivemos menos de uma dezena de doentes encaminhados para a comunidade terapêutica”, referiu, explicando que este volume não justifica a criação de uma estrutura própria em território regional.
Como alternativa, anunciou que a Região pretende avançar com novas respostas especializadas. “Em breve, gostaríamos de ter um hospital de dia para o tratamento de dependências”, revelou, salientando que esta infraestrutura permitirá um acompanhamento mais próximo, flexível e adequado ao perfil dos doentes que, na sua maioria, não precisam de internamento prolongado, mas sim de apoio clínico e psicoterapêutico regular.