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“É preciso cuidar de quem cuida”, alertam as Mulheres Socialistas da Madeira

Data de publicação
05 Novembro 2024
18:26

As Mulheres Socialistas da Madeira (MSM) alertaram, hoje, em comunicado, para a necessidade de refletir em torno da importância dos cuidadores informais e de garantir os devidos apoios a estes cidadãos.

“É preciso cuidar de quem cuida!”, advertiu a presidente da estrutura socialista, nesta data em que se assinala o Dia Mundial do Cuidador Informal. De acordo com Cátia Vieira Pestana, “a aprovação do Estatuto do Cuidador Informal, em 2019, com as alterações introduzidas em 2024, está ainda longe de ser a solução para a quantidade de pessoas, na sua maioria mulheres, que se veem a braços com a dura realidade de se tornarem cuidadoras dos seus pais, filhos, maridos ou netos”.

Como dá conta a socialista, “85% dos cuidadores são mulheres, muitas já idosas, que trabalham 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, para colmatar as falhas do sistema de cuidados de longa duração ou dos cuidados paliativos”, sendo que muitas não têm acesso aos cuidados domiciliários, ao direito ao descanso do cuidador e, muitas até, sem o seu estatuto de cuidadoras informais reconhecido por conta de tantas exigências burocráticas que as fazem desistir”. Cátia Vieira Pestana apela para a necessidade de criar uma rede de apoio real e sólida para dar suporte a estas pessoas, não só ao nível das orientações para o cuidado, mas também que as ajude a cuidar de si próprias, como por exemplo priorizando o seu acesso a consultas de psicologia e psiquiatria, bem como a criação de medidas que garantam uma reforma digna.

“É preciso falar também da quantidade de cuidadoras que se encontram em situação de pobreza, cujo subsídio de apoio ao cuidador informal não funciona como uma valorização pelos cuidados que prestam, mas sim um parco instrumento de combate à pobreza a que estão votadas”, defende a dirigente socialista, acrescentando que “é urgente desburocratizarmos o acesso ao Estatuto do Cuidador Informal, para, assim, permitir o acesso a mais cuidadores e valorizar as pessoas que desempenham esta importante função, quer para os familiares que estão ao seu cuidado, quer no alívio da rede oficial de cuidados”.

De salientar que, segundo o relatório da Comissão de Acompanhamento, Monitorização e Avaliação do Estatuto do Cuidador Informal, entre 2020 e o final de 2023, o cuidador informal era, em 85% dos casos, uma mulher, com idade média de 56 anos.

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