Francisco Gomes, deputado madeirense eleito pelo CHEGA para a Assembleia da República, acusou o ministro da Coesão Territorial de evitar as suas perguntas sobre a fiscalização ao uso dos fundos europeus na Região Autónoma da Madeira e afirmou que o governo da Aliança Democrática evita falar da Madeira porque se sente embaraçado com o governo de Miguel Albuquerque. Os comentários foram feitos numa audição que decorreu esta manhã no parlamento nacional, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento de Estado.
“Já por duas vezes perguntei-lhe sobre a fiscalização ao uso que está a ser feito do PRR e dos fundos europeus na Região Autónoma da Madeira. Nas duas vezes, recusou-se a responder, mas eu sei porque é que prefere o silêncio e é porque o governo de Miguel Albuquerque é um enorme embaraço para o seu próprio partido”, disse Francisco Gomes.
Na exposição de argumentos, o deputado do CHEGA também apontou o dedo à bancada socialista, acusando o PS de estar mais interessado em manter o regime político em vigor na Região Autónoma da Madeira, em vez de trabalhar para uma verdadeira renovação, aprovando a moção de censura apresentada ontem pelos deputados do CHEGA-Madeira na Assembleia Legislativa da Madeira.
“O PS ainda nem se decidiu e já anda em contradições, pois, na verdade, querem é ser uma oposição fofinha e subserviente aos mesmos interesses que estão por detrás do governo de Miguel Albuquerque. Estão desesperados para trair os interesses dos madeirenses, como sempre têm feito.”
A concluir, Francisco Gomes exigiu ao governo da República maior rigor na fiscalização do governo da Madeira para assegurar que as verbas que o mesmo te recebido do país e da Europa são usadas para dar resposta aos desafios que a população enfrenta e não para “alimentar as fortunas daqueles que se julgam donos disto tudo.”