“É com enorme satisfação que voltamos a sair das portas do Parlamento Regional para estar onde a Autonomia vive verdadeiramente: junto das pessoas”, sublinhou Rubina Leal, na abertura do ‘Parlamento na Comunidade’, hoje em São Vicente,
A discursar na Escola Agrícola da Madeira, a presidente do Parlamento explicou que “depois do Porto Moniz, o “Parlamento na Comunidade” chega agora a São Vicente — um concelho que simboliza a resiliência, a ligação à terra, e a força de uma identidade feita de montanha, de mar e de memória.
Recordando que, em 1976, quando a Madeira conquistou efetivamente o direito de decidir por si própria, e iniciava-se uma história que mudou o destino desta terra”.
“Em São Vicente — como em toda a Região — a Autonomia fez-se sentir nas estradas que aproximaram as pessoas, nas escolas que abriram horizontes, nos serviços que chegaram onde antes não chegavam”.
Mas, acima de tudo, a Autonomia deu voz. A voz que permitiu aos madeirenses e porto-santenses dizer: “Nós sabemos o que queremos. Nós sabemos cuidar do nosso futuro., sublinhou Rubina Leal.
Referiu que o “Parlamento na Comunidade”, “não é apenas para celebrar — é para escutar, para partilhar, para discutir com os antigos e atuais intervenientes em todo este processo. Queremos ouvir São Vicente. Queremos ouvir quem cá vive, quem trabalha, quem estuda, quem sonha aqui”. Porque a Autonomia é isso mesmo: “uma construção feita de muitas vozes, de muitos olhares, e de muita partilha e diversidade”, aditou.
Depois de prestar um reconhecimento aos ex-deputados deste concelho, em particular o deputado que iniciou funções na II Legislatura, Gabriel Drumond , convidado para discursar, Rubina Leal destacou também “uma das figuras maiores deste concelho e da cultura madeirense: Horácio Bento de Gouveia. “, representado no evento pelo seu filho.
“A sua obra, profundamente enraizada na identidade local, projetou São Vicente muito para além das suas fronteiras, tornando-o símbolo da força criativa e da profundidade humana deste povo”.
“Mas se há um público a quem este projeto se dirige de forma especial, é aos jovens. Aos que hoje estão aqui connosco e que, talvez, vejam a política como algo distante. Deixem-me dizer-vos: a política é vossa também. Faz parte do vosso dia-a-dia. Cada decisão que tomam, cada escolha, cada ideia que partilham — tudo isso é parte da Política. Compreender as instituições, perceber como funciona o Parlamento, é compreender o poder que têm como cidadãos. Porque a democracia não se herda — pratica-se. A Autonomia é o coração político da Madeira, mas o seu pulsar vem de cada concelho, de cada freguesia, de cada cidadão que acredita no poder da sua voz”, sublinhou ainda.