MADEIRA Meteorologia

Alteração de horários de voos entre Porto Santo e Madeira gera críticas do Chega

Data de publicação
16 Janeiro 2025
19:34

O Grupo Parlamentar do Chega denunciou esta quinta-feira a “injustiça enfrentada pelos porto-santenses, agravada pela alteração dos horários dos voos entre o Porto Santo e a Madeira nos meses de janeiro e fevereiro”.

Esta situação coincide com a paragem anual do ferry Lobo Marinho, deixando o avião como o único meio de transporte disponível para a população sair da ilha.

O líder parlamentar, Miguel Castro, destacou que “os horários implementados pela companhia aérea Binter, especialmente nos dias úteis, estão a causar transtornos enormes à população, sobretudo para aqueles que dependem de serviços essenciais, como consultas médicas ou outros compromissos administrativos na Madeira, serviços estes inexistentes no Porto Santo.”

O partido exemplificou com o voo de hoje que deveria ter partido do Porto Santo às 10:00 foi alterado para às 14:52, “reduzindo drasticamente o tempo disponível para que os passageiros possam resolver os seus assuntos no Funchal antes do regresso”.

“Este tipo de situação é inaceitável e demonstra o total desrespeito pelas necessidades dos porto-santenses. Ao contrário do ferry Lobo Marinho, que opera segundo um horário regular e confiável, os voos enfrentam frequentemente atrasos e mudanças de horário, tornando a vida da população ainda mais complicada”, afirmou Miguel Castro.

O Chega reforça que esta situação é reflexo de uma “gestão negligente” por parte do Governo Regional. “A alteração dos horários dos voos não estava prevista nos cadernos de encargos, e o Governo Regional mantém-se inerte perante esta realidade. É inadmissível que a população do Porto Santo, já penalizada pela dupla insularidade, veja as suas necessidades ignoradas de forma tão flagrante”, sublinhou.

Quanto à paragem anual do ferry Lobo Marinho, o Chega considera-a desnecessária na maioria dos casos.

“O contrato com a empresa concessionária exige operação durante todo o ano. Contudo, a paragem de seis semanas tornou-se um hábito, mesmo quando não há necessidade de doca seca – uma manutenção que só é obrigatória de dois em dois anos. Esta interrupção prolongada prejudica toda a economia local, o turismo e, sobretudo, a vida dos porto-santenses “, acrescentou Miguel Castro.

Apesar de a empresa concessionária disponibilizar 50 lugares em voos para compensar a ausência do ferry, Miguel Castro foi claro: “Esta medida é insuficiente e não responde minimamente às necessidades da população. O Porto Santo precisa de ligações regulares e confiáveis, tanto por via aérea quanto marítima.”

O Chega exige que o Governo Regional reveja com urgência as condições contratuais com as concessionárias e implemente um planeamento adequado que garanta um serviço de transportes digno para os porto-santenses.

“Não podemos continuar a aceitar que os nossos conterrâneos vivam esta situação de isolamento e abandono, agravada pelos atrasos e falta de previsibilidade das ligações aéreas”, concluiu Miguel Castro.

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