Assisti à Missa do Galo numa grande barraca de lona, acoplada ao Templo como obrigaram as distâncias indiscutíveis.
Curioso. Desde que me lembro, não houve ano da minha vida que não fosse à "Missa da Meia Noite".
Só que, desta vez uma impressão diferente. A de me sentir muito, muito pequenino na minha condição humana, totalmente indefeso ante as circunstâncias concretas do momento e o Mistério do Deus cósmico com que aquele Menino Jesus me desafia.
E não fui só eu. Outro familiar me dizia ser talvez Esta, a Noite de Natal vivida com maior espiritualidade.
Bem precisamos desta vitamina.
Porque o que aí vem não será fácil, nem sequer estou a falar de Saúde, não me meto no que não sei.
Mais a mais quando as dificuldades estão acrescidas pelo facto de sermos nacionais de um País que, embora readquirida a Democracia já há quase meio século, continua educativa e culturalmente piroso nos hábitos, conservador ante as mentiras políticas instaladas, sem ousadia para as mudanças que se impõem.
É espantoso que o Governo de uma República na área do poder colaboracionista dos fascismos comunistas, bem como incompetente nas opções económico-financeiras agora orçamentalmente assumidas num período de pandemia, vá assumir a presidência da União Europeia!...
Entretanto Esta, maçónica e mediocratizada a partir do primeiro decénio do século, anda facciosamente empenhada contra os Governos polaco, húngaro, esloveno e contra tudo o que não se vestir pelo figurino modelado pelas "sociedades secretas" dominantes.
É espantoso que o Governo de uma República Portuguesa que partidarizou as relações de Estado com as suas Regiões Autónomas ao mais rafeiro estilo colonialista, presida durante seis meses a uma União Europeia ainda construída de Ideais Democráticos!...
Quando a incompetência dessa gente de Lisboa está multiplicadamente à vista na TAP.
Empresa mais que saudável e prestígio de Portugal no mundo, com o golpe militar seguido depois da tomada temporária do poder pelos comunistas a que chamam "revolução de Abril", a TAP tornou-se uma hecatombe económica, um chulanço dos contribuintes portugueses, um centro de emprego para os Partidos políticos e uma "companhia majestática" ao melhor estilo colonialista.
E não foram só os Partidos...
As "forças ocultas" montaram ali acampamento, ao ponto de o País nunca ter sido esclarecido sobre os desmandos que ocorriam, nem sobre o porquê da sua entrega a gestões estrangeiras!...
Eu próprio, perante os últimos cinco primeiros-ministros até 2015, quando protestava sobre o que a TAP se transformara, custava e abusava, não sei se para me despachar todos prometiam que não iria continuar assim!...
Hoje é um caso de polícia.
Sá Carneiro dizia o Portugal periférico, insularizado e emigrado não poder prescindir de ter a sua Companhia de Bandeira. Nunca o ouvi falar em "privatizar". O que ponderava, era ante a inviabilidade post-revolucionária da TAP, fechá-la e, no mesmo documento legislativo, ser criada outra Empresa a funcionar logo no dia seguinte com todos os seus bem móveis e imóveis, além da lista anexa do Pessoal que transitava.
Vejam os custos e as trapalhadas que até hoje os Governos de Lisboa arranjaram, à custa do bolso dos Portugueses!...
Insisto, a TAP é principalmente um caso de polícia!
Ter orgulho em ser Português, sem nacionalismos saloios e contra um Estado obsoleto, nada tem a ver com a realidade portuguesa no 2021 a que chegámos.
Ante o tão difícil que nos espera, uma certa espiritualidade como a do Natal, sem beatices irracionais, de certeza dará força sobre a moda laicista que nos trouxe a este Portugal esclerosado e a esta União Europeia em clara deriva.
Portugal tem de MUDAR. Para o que são necessárias a Vontade e a Racionalidade dos Portugueses.
Conformar-se é render-se. Neste caso, chama-se COVARDIA.