O vogal do PS na Assembleia de Freguesia de São Roque absteve-se, ontem, na votação do Orçamento para 2026.
Pedro Sousa considera que o orçamento “não responde aos desafios da freguesia nem apresenta uma estratégia clara de desenvolvimento da localidade, repetindo opções erradas de anos anteriores”.
De acordo com o socialista, que, segundo afirma o partido, “não obteve resposta do executivo a muitas das questões levantadas”, este é um orçamento de “mais do mesmo” e que transmite “uma sensação clara de continuidade sem ambição”. “As rubricas repetem-se, os projetos são os mesmos, as promessas voltam a surgir, mas a execução continua a ficar aquém daquilo que foi anunciado”, observou, acrescentando que faltam ao documento “são, planeamento e compromisso com resultados concretos”.
Pedro Sousa diz lamentar que os “problemas estruturais da freguesia permaneçam por resolver”, apontando como exemplos o campo de jogos da Penteada, a recuperação de becos e veredas, a limpeza de terrenos e a criação de parque de merendas do Montado da Esperança.
O socialista abordou, por outro lado, a questão do apoio aos estudantes, área para a qual o orçamento prevê um valor global de 18 mil euros. Questionou, neste quesito, a quantas bolsas corresponde este montante e quais os critérios de elegibilidade e regulamento de atribuição destes apoios, porque “a educação deve ser tratada como uma prioridade real, e não apenas como uma rubrica simbólica no orçamento”.
Invocando o mesmo “princípio da transparência”, Pedro Sousa solicitou esclarecimentos sobre os apoios concedidos a diversas instituições da freguesia, concretamente à Associação Alegria da Madeira, ao Clube Desportivo de São Roque, ao Grupo Desportivo da Azinhaga, à Associação Recreativa do Galeão, ao Recreio Musical União da Mocidade, ao Agrupamento 238 e à Casa do Povo de São Roque.
Pediu ainda clarificações sobre os apoios às instituições religiosas da freguesia, que atingirão um total de 39 mil euros. “Que instituições irão beneficiar deste apoio? Com base em que critérios são atribuídos estes valores? Que projetos ou atividades justificam um investimento desta dimensão?”, questionou, salientando que “não se trata de colocar em causa o papel das instituições religiosas na comunidade”, mas sim de “exigir transparência, proporcionalidade e justiça na aplicação do dinheiro público”.