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Artigo de Opinião

4/01/2021 08:00

Assisti à Missa do Galo numa grande barraca de lona, acoplada ao Templo como obrigaram as distâncias indiscutíveis.

Curioso. Desde que me lembro, não houve ano da minha vida que não fosse à "Missa da Meia Noite".

Só que, desta vez uma impressão diferente. A de me sentir muito, muito pequenino na minha condição humana, totalmente indefeso ante as circunstâncias concretas do momento e o Mistério do Deus cósmico com que aquele Menino Jesus me desafia.

E não fui só eu. Outro familiar me dizia ser talvez Esta, a Noite de Natal vivida com maior espiritualidade.

Bem precisamos desta vitamina.

Porque o que aí vem não será fácil, nem sequer estou a falar de Saúde, não me meto no que não sei.

Mais a mais quando as dificuldades estão acrescidas pelo facto de sermos nacionais de um País que, embora readquirida a Democracia já há quase meio século, continua educativa e culturalmente piroso nos hábitos, conservador ante as mentiras políticas instaladas, sem ousadia para as mudanças que se impõem.

É espantoso que o Governo de uma República na área do poder colaboracionista dos fascismos comunistas, bem como incompetente nas opções económico-financeiras agora orçamentalmente assumidas num período de pandemia, vá assumir a presidência da União Europeia!...

Entretanto Esta, maçónica e mediocratizada a partir do primeiro decénio do século, anda facciosamente empenhada contra os Governos polaco, húngaro, esloveno e contra tudo o que não se vestir pelo figurino modelado pelas "sociedades secretas" dominantes.

É espantoso que o Governo de uma República Portuguesa que partidarizou as relações de Estado com as suas Regiões Autónomas ao mais rafeiro estilo colonialista, presida durante seis meses a uma União Europeia ainda construída de Ideais Democráticos!...

Quando a incompetência dessa gente de Lisboa está multiplicadamente à vista na TAP.

Empresa mais que saudável e prestígio de Portugal no mundo, com o golpe militar seguido depois da tomada temporária do poder pelos comunistas a que chamam "revolução de Abril", a TAP tornou-se uma hecatombe económica, um chulanço dos contribuintes portugueses, um centro de emprego para os Partidos políticos e uma "companhia majestática" ao melhor estilo colonialista.

E não foram só os Partidos...

As "forças ocultas" montaram ali acampamento, ao ponto de o País nunca ter sido esclarecido sobre os desmandos que ocorriam, nem sobre o porquê da sua entrega a gestões estrangeiras!...

Eu próprio, perante os últimos cinco primeiros-ministros até 2015, quando protestava sobre o que a TAP se transformara, custava e abusava, não sei se para me despachar todos prometiam que não iria continuar assim!...

Hoje é um caso de polícia.

Sá Carneiro dizia o Portugal periférico, insularizado e emigrado não poder prescindir de ter a sua Companhia de Bandeira. Nunca o ouvi falar em "privatizar". O que ponderava, era ante a inviabilidade post-revolucionária da TAP, fechá-la e, no mesmo documento legislativo, ser criada outra Empresa a funcionar logo no dia seguinte com todos os seus bem móveis e imóveis, além da lista anexa do Pessoal que transitava.

Vejam os custos e as trapalhadas que até hoje os Governos de Lisboa arranjaram, à custa do bolso dos Portugueses!...

Insisto, a TAP é principalmente um caso de polícia!

Ter orgulho em ser Português, sem nacionalismos saloios e contra um Estado obsoleto, nada tem a ver com a realidade portuguesa no 2021 a que chegámos.

Ante o tão difícil que nos espera, uma certa espiritualidade como a do Natal, sem beatices irracionais, de certeza dará força sobre a moda laicista que nos trouxe a este Portugal esclerosado e a esta União Europeia em clara deriva.

Portugal tem de MUDAR. Para o que são necessárias a Vontade e a Racionalidade dos Portugueses.

Conformar-se é render-se. Neste caso, chama-se COVARDIA.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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