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Artigo de Opinião

Deputado na ALRAM

12/07/2023 08:00

Foi também um dia fundamental para relembrarmos que somos autonomistas e Portugueses de pleno direito, que damos a Portugal uma dimensão atlântica importante na Europa e no mundo e que, por isso e por muito mais, merecemos mais respeito. Um Portugal que também tem de saber valorizar os seus filhos saudosos espalhados pelo mundo, que tanto elevam a sua bandeira, o seu folclore, a sua gastronomia e tradições pelos quatro cantos do mundo, sem nunca esquecerem a sua terra. Aliás, todos aqueles que saíram da Madeira mantêm-na, sempre, no seu coração.

Lamentavelmente nem todos olham para nossa Diáspora da mesma forma. Aliás, é um facto que a nossa Diáspora tem sido esquecida pelo Governo da República e que os nossos Emigrantes foram abandonados por um Estado que, entre muitas outras falhas, tem agravado as condições na rede consular e continua sem garantir os meios que são necessários para que estas estruturas, espalhadas pelo mundo, cumpram o seu papel.

Veja-se o exemplo do Consulado em Londres, que é um completo caos. Infelizmente, vemos muitos madeirenses que vivem no Reino Unido aproveitar as suas férias em Portugal para tratar da sua documentação na loja do cidadão na Madeira, já que, no seu País de acolhimento, o Consulado Português não consegue dar resposta.

Por outro lado, é preciso relembrar que os lesados do BANIF continuam a ser enganados pelo Governo da República, que prometeu resolver esta situação e que, usando as suas estruturas partidárias locais, insiste em garantir que a situação será resolvida, quando nada de concreto acontece. A verdade é que há milhões para injetar nos Bancos e nas empresas públicas do Estado, mas, para os lesados do BANIF, o que há é uma mão cheia de nada.

Fizemos uma proposta para resolver este problema, proposta essa que ficou esquecida como ficaram os lesados do BANIF, muitos deles que, estando na nossa Diáspora, desesperam por uma solução e se encontram em situações de grave carência, depois de, com muito esforço nos seus países de acolhimento, terem confiado na banca portuguesa.

Mas não só. As ligações aéreas continuam a ser um problema que as nossas comunidades diariamente enfrentam e denunciam. Não podemos esquecer que um dos três eixos fundamentais para que o Estado Português derramasse milhões e milhões de euros na TAP, foi garantir e melhorar as ligações aéreas com as nossas comunidades, o que não veio a acontecer. Aliás, até diminuíram. Quem não se lembra da promessa à nossa comunidade residente na África do Sul das ligações aéreas desde Lisboa e através da TAP? Quem não se lembra da ligação direta entre Caracas e o Funchal prometida por membros do Governo Central, não só através da TAP como, também, através de companhias aéreas privadas? Como é possível que, hoje, a nossa companhia de bandeira nacional não ligue diretamente a Madeira às suas comunidades Madeirenses na Europa e fora da Europa?

Infelizmente não existe, a nível nacional, uma estratégia de proximidade com as nossas comunidades e aquilo que temos é um Governo que não tem aproveitado a mais valia e a riqueza da nossa Diáspora, a mesma que, ainda assim, não esquece o seu País mas percebe, cada vez mais, que este Governo socialista não passa de um Governo que está de costas voltadas para os seus concidadãos, dentro e fora do território nacional.

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