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Artigo de Opinião

Deputado na ALRAM

7/09/2022 07:50

Na noite de 22 de setembro de 2019 - mais uma noite vitoriosa para o PSD/M - o PS/M estava focado e obcecado em fazer governo.

Aliás, mesmo depois de tornados públicos os resultados, eis que o PS/M virou-se para o CDS, oferecendo tudo e mais qualquer coisa, depois para o JPP confiante de que chegaria à Quinta Vigia, sem perceber que, afinal, tinha perdido as Eleições e que ninguém estava disponível para fazer parte de um projeto sem a mínima capacidade de vingar.

A equação forçada acabou, assim, por não dar certo, já que os centristas recusaram e o PS, frustrado, tinha de descarregar a sua impotência e encontrar culpáveis de mais uma derrota na Madeira.

Desta vez, o alvo a abater e os culpáveis foram os mais de dez mil Madeirenses e lusodescendentes que regressaram da Venezuela e que não tinham votado no PS.

Basta recordar os ataques que alguns socialistas madeirenses fizeram na Assembleia Legislativa da Madeira a estes cidadãos irmãos, desrespeitando-os, um trauma que três anos depois não conseguem superar e que tem resultado em inúmeros episódios lamentáveis.

Alias, não posso esquecer aquele episódio xenófobo de um deputado do PS/M que demonstrou a sua raiva no inicio dos trabalhos parlamentares, assim como também não vou esquecer o facto do anterior líder parlamentar do PS/M ter-se comprometido com o pagamento, por parte do Governo da República, de tudo aquilo que o Governo Regional tinha investido nos cuidados de saúde com os cidadãos regressados da Venezuela (sem poder garantir o mesmo) só para ficar bem na fotografia e retirar dividendos políticos, isto na véspera das eleições autárquicas.

Mas não só. Foram inúmeros os artigos de opinião, as entrevistas e as declarações públicas, por parte do PS/M atirando-se à comunidade Madeirense regressada da Venezuela por causa das suas derrotas e alegando que estas pessoas continuavam a ser enganadas. Pensam que somos burros? Haja respeito! Seríamos enganados caso fôssemos na conversa de quem não sabe nem nunca saberá governar, isso sim.

Foi na própria Assembleia Legislativa da Madeira que o PS apelidou de "ridícula" uma proposta do PSD/M que visava garantir um tratamento igualitário aos estrangeiros sem título de viagem válido em Portugal, proposta essa que ajudaria milhares de Venezuelanos que vivem no nosso País.

Foi este mesmo PS que até agora nada fez para ajudar a dinamizar o Programa Regressar, que já muito podia ter ajudado os cidadãos que regressam da Venezuela e não só, mas claro que é sempre mais fácil castigar aqueles que votam contra o PS, lembrando aquela frase: "quem se mete com o PS, leva", do que resolver e fazer algo em nome do bem comum.

Foi também este PS que tentou bloquear, localmente e nas freguesias em que era poder, a inscrição de Venezuelanos no CNE.

Assim como também é o PS que pensa que com almoçaradas e cantores trazidos de fora consegue branquear a sua vergonhosa história.

Será que o PS/M acha mesmo que nós, que regressamos da Venezuela, não votamos neles simplesmente porque se apelidam de socialistas? Não, desenganem-se. Não é apenas por isso.

As pessoas acreditam e confiam naqueles que os defendem, acreditam num modelo que tirou a Madeira do atraso e que tem levado a nossa Região a outros patamares de desenvolvimento e crescimento social, económico, cultural e ambiental.

As pessoas, cada um de nós, acredita e confia num governo que tem sabido acolher porque agradece o esforço de todos aqueles que não viraram as costas nos momentos mais difíceis.

Um Governo que, ao nosso lado, sentiu e sente a Madeirensidade além-fronteiras, que nunca deixou ninguém para trás, que acolheu mais de dois mil alunos nas escolas, que interveio em termos de saúde muitas vezes para salvar vidas e que, sem qualquer apoio do Estado, não deixou de estar presente e agir por todos nós, nesses momentos.

As diferenças existem. E sabemos bem quem esteve e está, sempre, ao nosso lado.

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