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Artigo de Opinião

Economista

8/04/2022 08:00

Um homem que tinha conseguido reduzir a divida, que tinha conseguido "endireitar" as contas da capital e que dizia ter a varinha de condão da boa gestão financeira do Funchal.

Agora pouco mais de seis meses da sua saída, a empresa internacional responsável pela avaliação das contas do município do Funchal, detetou e denunciou uma dívida oculta de 41 milhões de euros.

Pelo que percebemos, a magia das "boas" contas do município, faziam-se através do desaparecimento das faturas a pagar e das dívidas aos fornecedores.

Destes 41 milhões de euros de prejuízo, 33 milhões são de dívida não contabilizada e desaparecidos das contas do município e 8 milhões de défice inscritos na contabilidade, pela autarquia.

Ao longo, dos últimos oito anos, de desgovernação socialista na autarquia funchalense, tivemos de fato um magno das finanças, um homem de cartola, que fazia desaparecer as faturas por pagar, mas ao mesmo tempo retirava dessa cartola, as faturas que todos os meses enviava aos munícipes para estes pagarem.

E se algum munícipe não pagasse, ou ficava sem água, ou pagava multa. Ora, este magno, todos os meses recebia de todos os funchalenses o pagamento da água, mas fazia desaparecer as suas faturas e não pagava ao fornecedor ARM.

Por isso, percebemos bem, como era gerida a Câmara do Funchal nestes últimos 8 anos, e como fazia-se desaparecer dívida, que se dizia, ter sido reduzida. Essa redução era feita com base no "calote", graças à gestão de gaveta, ao estilo do jogo das escondidas, colocando as faturas nos esconderijos dos baús da Câmara.

Para além desta dívida oculta, o município tem ainda 214 processos de execução fiscal, intentados contra a Câmara Municipal do Funchal, sendo que 94 já transitaram em julgado e a autarquia foi chamada à responsabilidade financeira de 22 milhões de euros. Está, ainda, a aguardar pelas cerca de 135 ações que decorrem contra o município, sendo certo, que ainda viram mais valores a terem de ser assumidos pela Câmara.

Para agravar toda esta situação, estes senhores, tiveram a irresponsabilidade de dar como garantia e penhor o quartel dos bombeiros e outros edifícios do município, para boa execução fiscal de processos a decorrer na autoridade tributária.

O Funchal corre o risco de ficar sem quartel dos bombeiros e podemos agradecer às "boas práticas" socialistas e à magia das finanças do tal afamado magno.

Tamanha irresponsabilidade tem de ter consequências. Não podemos continuar a ter políticos mal preparados para assumir a governação do bem público, pela razão de não voltarmos a assistir a tamanhas barbaridades como esta encontrada no Município do Funchal.

Para além da estagnação que a cidade viveu, o enorme atraso, com a falta de visão e de políticas amigas das famílias e das empresas, viemos ainda a descobrir estas magias de fazer desaparecer dívidas.

É preciso reconhecer que no anterior mandato, todos os deputados municipais das várias forças políticas da oposição, por várias vezes, alertaram para estas situações, nomeadamente para a pouca transparência dos dados apresentados pelo anterior executivo. Também é preciso recordar que nos últimos dois anos os orçamentos municipais foram chumbados, exatamente por esta falta de rigor, de verdade e de transparência e, pelos vistos, o tempo veio dar razão a todos os deputados municipais, que defenderam sempre os interesses dos funchalenses e exigiram sempre maior rigor nos orçamentos apresentados.

Avizinham-se tempos difíceis, mas graças ao atual Presidente, Pedro Calado e toda a sua equipa, vamos conseguir, de forma clara, transparente e rigorosa, encontrar as soluções para responder a todas estas dificuldades financeiras que agora apurámos.

O Funchal estará sempre à Frente, pelos funchalenses, pelas suas famílias e pelas suas empresas e a proximidade será a bandeira que fará toda diferença.

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