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Artigo de Opinião

Nutricionista

10/02/2025 03:45

Falar de Literacia em saúde para quem trabalha em saúde, é sempre um tópico de extrema importância.

Como sabemos, em Portugal, as unidades de saúde estão cada vez mais sobrelotadas e sem capacidade de resposta.

Claro que, durante muito tempo, o conhecimento era, exclusivamente, médico e claro que, durante muitos anos, a realidade é que a falta de informação e conhecimento em saúde dos cidadãos, refletia-se numa alta procura destas unidades para também resolver sintomas leves.

A falta de literacia tinha um grande impacto na evolução da doença. Hoje em dia, sabe-se, inclusive, que a baixa literacia em saúde está relacionada, com uma menor prevalência de atitudes preventivas, individuais e familiares, no campo da saúde, o que leva a uma diminuição da qualidade de vida.

Com a aposta na escolaridade, evolução dos meios de comunicação e informação e aposta na promoção da saúde, com o decorrer do tempo, vamos tendo claro, uma população mais informada e consciente no que respeita à sua saúde e tratamento da doença.

E, felizmente que, em Portugal, uma das prioridades, no desenvolvimento de políticas, para atingir melhores resultados nos cuidados de saúde, é a literacia.

A Organização Mundial da Saúde, define literacia em saúde como “o grau em que os indivíduos têm a capacidade de obter, processar e entender as informações básicas de saúde para utilizarem os serviços e tomarem decisões adequadas de saúde”. E aliás, a evidência científica disponível demonstra que a literacia em saúde contribui para a prevenção da doença e a promoção da saúde, bem como, para a eficácia e eficiência dos serviços de saúde.

Agora, será que esta informação e consciencialização em saúde, está a chegar a todos da mesma forma? Ou será que esta informação é apreendida de forma acertada ou é compreendida de todo? Será que só interessa alcançarmos resultados em cuidados de saúde ou não seria interessante termos sim, efetivamente, cidadãos mais saudáveis e com maior qualidade de vida?

A aposta da literacia em saúde nunca pode ser descurada. De que serve termos toda a informação e conhecimento, se não o aplicamos na prática?

Infelizmente, ainda existe o conceito do “faço o que me apetece, porque não me doi nada”! Ainda, muitas pessoas, só pensam na sua saúde, apenas quando começam a sentir-se mal fisicamente. E ainda, muitos vivem no fanatismo da desinformação da informação disseminada, particularmente online.

Apostar na nossa saúde é fundamental. É importante melhorar o sistema de saúde, mas também é importante, diminuir a procura das unidades hospitalares e centros de saúde. Para isso, não podemos só pensar em tratar a doença e sim apostar na prevenção!! Se todos se focassem em prevenir sintomas e a doença propriamente dita, com certeza teríamos, apesar das lacunas do sistema, por exemplo, urgências desimpedidas para quem realmente precisa!

A literacia em saúde, é sempre e tem de ser sempre uma boa aposta. Possibilita o aumento do controlo das pessoas sobre a sua saúde e a sua capacidade para procurar informação e para também assumir responsabilidades.

Não é só sobre ser informado. É sobre ser consciente! Conscientes de que se cuidarmos do ambiente, desinflamarmos o nosso organismo e cuidarmos da nossa saúde psicológica e emocional, conseguiremos ter uma vida mais plena e feliz, maior qualidade de vida e, sim, muito menos visitas às urgências.

E, em tom de finalização, estamos em fevereiro Roxo que alerta para o Alzheimer, Lúpus e Fibromialgia, e em fevereiro Laranja que atenta à Leucemia. Vamos nos consciencializar e prevenir?

Carina Teixeira escreve à segunda-feira, de 4 em 4 semanas.

OPINIÃO EM DESTAQUE
Coordenadora do Centro de Estudos de Bioética – Pólo Madeira
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