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Artigo de Opinião

Administrador JM

24/12/2022 08:05

Há muitos anos, tal como no caso da ‘lei da eutanásia’, anda a marcar passo a reforma das reformas dos nossos idosos. Provavelmente será um problema ainda mais sensível, por envolver pessoas que não estão no fim da linha, nem nada que se pareça. São apenas pessoas que envelheceram de forma natural e que perante as quais o Estado tem responsabilidades.

E o que é que o Estado, mais as suas figuras e instituições representativas, fazem? Lamentam, lamentam muito, mas assobiam todos para o lado.

Uma larga maioria dos nossos reformados, mais de metade, vive com pensões médias de 300 e tal euros por mês. São as vítimas do Estado-Providência que, sem precisar de uma ‘lei da eutanásia’, vai matando pessoas sem nenhum tipo de compaixão.

Esta semana soubemos pelo JM Madeira que, em 2022, houve mais 430 contribuintes madeirenses que se reformaram. Metade desses novos reformados vão passar a receber uma média mensal entre 270 a 430 euros. Essas 200 e tal pessoas vêm engrossar a lista de pensionistas que vivem abaixo do limiar da pobreza, para as quais o Estado e suas ‘picaretas falantes’ olham de soslaio. Repugnante!

Esta é uma discussão que não tem discussão. Só ontem o Governo português enviou para a conta bancária de cada família beneficiária de prestações mínimas um apoio extraordinário de 240 euros. Em abril e junho, os mesmos portugueses já tinham recebido duas prestações de 60 euros cada; em outubro, vieram outros 125 euros. Recorrendo a estes valores, não há quem não consiga perceber como é que um reformado vive com 300 euros mensais…

É revoltante assistir continuadamente à inércia do coro de políticos que se confessam chocados com esta realidade. Um banho de hipocrisia que não lhes lava as consciências.

Perante esta desfaçatez, os contribuintes e eleitores portugueses deviam usar o ‘chicote do voto’, sem olhar a partidos nem às suas figuras. No momento de uma ‘selfie’, que tal um puxão de orelhas aproveitando o fator proximidade? Na próxima vez que ouvirmos um discurso ou uma declaração hipócrita sobre este assunto, é atirar-lhes o que estiver à mão.

Tudo o que há a fazer é reformular os critérios de atribuição de prestações, introduzindo novas variantes. Se faltar imaginação, é usar a criatividade a que recorrem os parasitas ministeriais quando querem empregar ou atribuir subsídios aos seus familiares.

É evidente que uma alteração dos valores das reformas implica cálculos rigorosos, em termos orçamentais, não só para os anos imediatos, como também para as próximas décadas. Implica seriedade. Nada que deva assustar quem está para servir a causa pública.

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