Uma mulher foi condenada a prisão perpétua na Nova Zelândia pelo homicídio dos dois filhos pequenos e por esconder os corpos em malas, mas ficará internada numa instituição psiquiátrica antes de cumprir pena efetiva de cadeia. Terá de passar pelo menos 17 anos na prisão sem possibilidade de liberdade condicional.
De acordo com a SIC Notícias, a mulher foi considerada culpada de ter provocado uma overdose medicamentosa aos filhos, de seis e oito anos, em 2018, misturando um antidepressivo no sumo que lhes deu a beber. O crime ocorreu cerca de um ano depois da morte do pai das crianças, vítima de cancro.
Os corpos das crianças – um menino e uma menina – só foram descobertos quatro anos mais tarde, quando um casal adquiriu o conteúdo de um armazém abandonado em Auckland, num leilão, e encontrou os restos mortais dentro de malas.
Após os homicídios, a mulher mudou de nome e abandonou a Nova Zelândia, vindo a ser detida na Coreia do Sul em 2022 e posteriormente extraditada para Auckland para ser julgada.
Segundo a mesma fonte, em tribunal a arguida declarou-se inocente por insanidade. A mãe da mulher disse lamentar não ter percebido a gravidade do estado psicológico da filha.
O juiz reconheceu que a saúde mental da condenada se encontrava severamente afetada, mas considerou que as mortes foram planeadas. Por isso, determinou o internamento psiquiátrico com a condição de que, quando for considerada mentalmente apta, transitará para o sistema prisional para cumprir a pena de prisão perpétua, com um mínimo de 17 anos antes de poder requerer liberdade condicional.