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Artigo de Opinião

2/12/2025 08:00

Sou dos que me sinto honrado por Cristiano Ronaldo ser Madeirense.

Um Madeirense que, no maior espetáculo do mundo e que mais meios financeiros mexe, afirmou-se como o melhor do planeta. E graças ao seu trabalho e disciplina pessoais.

Que sirva de lição.

É mais um Madeirense que soube ultrapassar as fronteiras da Ilha com sucesso. E com que sucesso!

Quando de uma certa contestação ao nome de Cristiano Ronaldo no aeroporto do Funchal, eu logo concordei que o nome fosse dado, como se pode ver e ouvir nas minhas declarações de então à Comunicação Social nacional e regional.

Porque, como eu próprio constatei por esse mundo fora, as gentes podem não saber da existência do arquipélago da Madeira, ou até de um País chamado Portugal. Mas conhecem Ronaldo. E, por experiência própria, basta dizer “sou da terra do Cristiano Ronaldo” e logo tudo se facilita sob a égide de um sorriso bem aberto dos nossos interlocutores.

Ora, o desenvolvimento regional passa por sermos conhecidos. E, em consequência, se saber também o que podemos oferecer à comunidade internacional. Logo, a seguir, acresce também estar informado de como é que se chega à Madeira. Esclarecemos que a porta de entrada é o Aeroporto Cristiano Ronaldo.

Portanto, foi acertada a escolha do nome do nome de Ronaldo para o aeroporto da Madeira. Mesmo que pudessem ser outras as razões de tal decisão. Ninguém é tonto. Até pela perfídia de Lhe irem dizer que eu não concordaria!...

Mas está resolvido. E no interesse da Madeira.

Porque merecido por Ronaldo e porque no interesse da Madeira, ponto final.

O Dr. Fernão de Ornelas dizia que “o Madeirense é o maior inimigo do Madeirense”, o que ainda hoje é verdade.

Ao que eu costumo acrescentar o que chamo “os três pecados capitais do Madeirense, a inveja, a bilhardice e o agachar ao que vem de fora”.

As causas destas realidades podem ser encontradas como consequências da opressão e dilapidação coloniais de cinco séculos e meio, da dimensão do território e das características da ocupação e povoamento na orografia que somos.

Eu próprio detetei algo disto, instalado nas Famílias madeirenses por tantos locais do mundo onde visitei Comunidades Emigradas.

Visivelmente endógeno. Vai passar...

Convençamo-nos de que não basta apenas lutar pelos nossos Direitos. Quer os da Mátria madeirense, quer os individuais.

Há uma outra luta que se impõe. A de corrigirmos os nossos defeitos comuns intrínsecos. Mais a mais agora que, com a Autonomia Política conquistada, pesem embora, ainda, certas restrições coloniais, expectativas novas abriram-se-nos e continuarão a abrir-nos ao mundo.

O que o nome de Ronaldo também ajuda.

Pessoalmente, não gosto do Presidente Trump. Sobretudo agora com esse seu “projecto” inacreditável e inaceitável de pretender que a Ucrânia, invadida por um Estado de governação fascista, a este se renda! Clara violação do Direito Internacional!

Reconheço que Trump tem alguma razão acerca dos delírios e da decadência dos Sistemas Políticos parlamentares europeus, mergulhados em partidocracias oligárquicas, sob o “politicamente correcto” imposto por “poderes ocultos” que dominam os principais Partidos. Abdicaram da Defesa, pondo os norte-americanos a pagá-La.

Ao mesmo tempo que vêm destruindo os fundamentos da Civilização Europeia com opções contrárias ao primado da Pessoa Humana.

Ora, a propósito da ida de Cristiano Ronaldo à Casa Branca, o degradado Sistema Político português puxou pelo seu catecismo do “politicamente correcto”, parvoíces que há décadas aturamos, para “decretar” que Cristiano não podia visitar Trump.

“Decretar” que qualquer Português só pode gostar e fazer o que o Sistema Político da República quiser.

Os mesmos medíocres que mediocratizaram Portugal, também “decretaram” que Ronaldo não pode integrar as comitivas que muito bem entender!

A comitiva do líder saudita, de maneira alguma! Já se fosse a de um dos “ayatolahs” do Irão, aqui, sim, não haveria problema porque são contra as Democracias ocidentais!

Ou se fosse Putin, também não haveria problema para os faunos do “politicamente correcto” lisboeta!

E a liberdade de Ronaldo até serviu para misturar com mais uma campanha contra o português Centro Internacional de Negócios da Madeira, campanha em que um “travesti” pontifica.

O Povo percebe que entre a imbecilidade sita na capital do defunto Império, este disfarçadamente ainda sonhado através do cinismo de “graxa” aos PALOPS, há quem queira fechar a praça portuguesa da Madeira para outros países concorrentes continuarem a ganhar principescamente!..

A que “preço”?...

Pelo que, a par, impedem-nos uma revisão constitucional que nos possibilite um Sistema Fiscal próprio, susceptível de enquadrar livremente o nosso Centro Internacional de Negócios já nos complexos entendimentos de Bruxelas. Com os quais sucessivos Governos de Lisboa mantêm cumplicidades às vezes inadmissíveis.

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