Pelo menos 59 pessoas morreram na sequência de fortes inundações causadas pelas chuvas torrenciais que devastaram uma dúzia de localidades no Bangladesh, principalmente em Chattogram (sudeste), afetando mais de 5,5 milhões de pessoas.
Entre os distritos mais afetados estão Comilla, com 14 mortes confirmadas, Noajali e Cox’s Bazar, onde se encontra um dos maiores campos de refugiados do mundo.
Segundo avançou hoje o jornal The Daily Star, as autoridades criaram mais de 3.400 abrigos para mais de 390 mil pessoas e cerca de 36 mil animais, enquanto mais de um milhão de pessoas permanecem encurraladas.
Para enfrentar a crise, o Ministério da Gestão de Catástrofes e da Ajuda Humanitária enviou 20.560 toneladas de arroz e 15.000 pacotes de alimentos, tendo desbloqueado uma primeira dotação orçamental de 4,52 milhões de takas (cerca de 34.200 euros).
De acordo com a última atualização, o número de pessoas afetadas pelas cheias aumentou para 5.457.702, enquanto 696.995 famílias continuam presas pela água.
O Bangladesh, um dos países mais baixos e mais densamente povoados do mundo, é extremamente vulnerável às inundações devido à sua geografia, clima e condições socioeconómicas.
A maior parte do território situa-se num delta formado pelos rios Ganges, Brahmaputra e Meghna, o que o expõe a um elevado risco de inundações durante a época das monções.