Manuel Salustino, presidente da Junta de Freguesia do Curral das Freiras, questionou o painel de intervenientes nas Jornadas JM sobre o futuro dos cursos universitários, no sentido de serem um "instrumento para responder à falta de mão de obra de vários setores ou se estão em risco de extinção".
João Casanova de Almeida respondeu: "O Estado tem de ter uma preocupação que é responder às necessidades sociais e às que são as saídas que diretamente o mundo empresarial precisa de pessoas formadas. No entanto, não podemos só formar para as necessidades do mercado, temos de formar também para a secularização do conhecimento, temos de passar às próprias gerações o nosso património cultural".
O ex-secretário de Estado considerou que os cursos com menos saída profissional devem continuar. Os licenciados "podem não arranjar emprego no imediato, mas alguém formado independentemente da área sai mais rapidamente de uma situação de desemprego do que um não formado".
Reconheceu, contudo, que "há uma necessidade europeia de formar para o mercado de trabalho". A UE quer liderar na ciência, engenharia e Matemática, e há falta de mão de obra ligadas a novas tecnologias com vista ao desenvolvimento social.
Paula Abreu