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Jornadas Madeira: "A Madeira será sempre natureza", diz Octávio Freitas

JM-Madeira

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Data de publicação
20 Abril 2023
10:57

Com 25 anos na área do Turismo Octávio Freitas, chef e empresário madeirense, entende que a "galinha do ovo de ouro" do turismo é valorizar o facto de a Madeira ser natureza.

"Podem colocar todas as atividades que fazem sentido para atrair novos mercados, turismo mais jovem e dinâmico, férias mais interativas, mas a Madeira será sempre natureza e território", realçou, entendendo que a estratega da Região é centenária e foi sempre natureza, envolvendo o enquadramento paisagístico e a agricultura.

O chef falava na décima sessão da quarta edição das Jornadas Madeira subordinada ao tema Agricultura e Desenvolvimento Rural, que hoje decorre no Salão Nobre da Câmara Municipal de Santana.

Octávio Freitas defende que quando falamos em desenvolvimento rural, na fixação e valorização nesta área não temos de criar algo que nunca ninguém criou. "Nós só precisamos de valorizar e manter. Está tudo feito. Não podemos criar propriedades de hectares planos e meter tratores. Serão sempre os poios. Eu mudei para Socalcos apenas por uma questão de sonância, mas continuo a gostar dos poios", disse, referindo-se ao seu projeto ‘Socalco Nature Calheta’ cujo principal desígnio é dar destaque à gastronomia regional, apresentando-se como uma simbiose entre o turismo rural, atelier gastronómico e ‘farming’.

O chef entende, por isso, que a "galinha dos ovos de ouro" é a valorização e o desenvolvimento rural que vão sobreviver "muito pela questão do turismo".

"Acho que tem de aparecer mais socalcos em termos de alojamento, mais projetos turísticos para manter este enquadramento paisagístico e esta valorização agrícola. Se for só a questão da agricultura pode não ser suficiente para mantermos os nossos socalcos e poios e manter este desenvolvimento ou fixação rural só com a questão da produção infelizmente pode ser pouco", alerta, entendendo que deve haver uma descentralização do turismo do Funchal e distribuir o turismo por concelhos como Calheta, Porto Moniz e Santana, sem destruir o território indo ao início de como a construção se adaptava ao território.

"Eu fico a pensar o que fiz de diferente. Eu não fiz absolutamente nada. Eu simplesmente respeitei o território", vincou, lembrando o seu projeto do Socalco que preservou o local onde está localizado.

"Acredito que no futuro do desenvolvimento rural não temos de criar uma coisa nova e facilitar que apareçam mais projetos destes que não deitem coisas abaixo. A valorização do território e uma forma de imortalizar a tradição, os costumes e os hábitos é através deste tipo de projetos", rematou.

Bruna Nóbrega

OPINIÃO EM DESTAQUE
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