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‘Crise dos chips’ afeta stock de carros na RAM

JM-Madeira

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Data de publicação
30 Maio 2021
5:00

A crise mundial na oferta de chips, incluindo componentes semicondutores para a indústria automóvel, está a causar constrangimentos no stock de automóveis disponível na Região.

Segundo apurou o JM-Madeira junto de vários concessionários, há diversas marcas que estão a ser afetadas pela falta de componentes. Entre elas, a Fiat, Peugeot, Opel, Citroen, a Ford e a Mazda.

"Um carro está a demorar entre três a cinco meses a chegar à Madeira", explica Alfredo Mendonça, da Madeira Auto-Car.

A pandemia da Covid-19 provocou um disparo nas compras de consolas de jogos, computadores portáteis e televisões, devido à procura por maior diversão durante o confinamento, ao teletrabalho e ao ensino à distância.

Esta circunstância levou a que os chips usados pelas indústria tecnológica e de entretenimento esgotassem. Os fabricantes de automóveis reduziram a sua produção e as compras de chips devido à retração nas vendas em consequência dos efeitos do novo coronavírus, agora com a retoma o setor está em falta.

Estes chips são usados nos automóveis para, por exemplo, os sistemas de assistência ao condutor, painéis digitais, como o velocímetro, sistemas de navegação.

"Com o aumento da procura por automóveis novos, é natural que face à falta dos semicondutores haja ruturas", observa Duarte Carvalho, da Madeira Motores.

Em março, a volkswagen avisou que vai produzir menos 100 mil automóveis em todo o mundo no primeiro trimestre deste ano.

A Honda e a Nissan estimavam vender menos 250 mil automóveis no primeiro semestre do ano, a norte-americana General Motors chegou a suspender a produção em três fábricas e a Ford fechou uma fábrica na Alemanha durante um mês.

Em Portugal, a Autoeuropa também interrompeu a atividade por uma semana, em março, o que representou uma perda de 5.700 automóveis.

A tendência é para que seja retomada a normalidade no decorrer deste ano. Duarte Reis, presidente de Mesa da Secção das Multimarcas de Automóveis e Reparadores Independentes da ACIF-CCIM, acredita que a escassez de componentes não vai provocar novo aumento nos preços de carros novos já atualizados este ano.

Por Patrícia Gaspar

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