A habitação foi a temática hoje abordada por Élvio Sousa, à margem de uma atividade do JPP no Funchal.
A propósito de uma notícia em que "Miguel Albuquerque surpreendeu todos os madeirenses ao informar que um T1, a custos controlados no Funchal, irá custar 160 mil euros", o líder do JPP referiu que é "grave quando se sabe que o terreno é do Governo e que 30% abaixo do valor de mercado, para um apartamento de 60m2, dá um preço de venda de 2.666/m2, com preços a escaldar e bem acima do custo de construção".
Neste sentido, o candidato sublinhou que "o objetivo de um governo não é obter lucro com a venda de habitação, mas sim vendê-la a preço de custo, um preço que uma família madeirense trabalhadora de classe média e média-baixa consiga pagar através de crédito habitação".
"O presidente do governo parece gerir o tema da habitação como se de um negócio se tratasse", criticou Élvio Sousa, frisando ser "revoltante quando o próprio Albuquerque, que já perdeu a noção da realidade há muito tempo, além de carregar mais impostos anda a atirar areia para os olhos dos madeirenses". "Afinal, ele é presidente ou vendedor de casas para ricos?", indagou o parlamentar.
Na ocasião, o candidato aproveitou para reforçar "a necessidade de incentivar a natalidade", numa Região "onde temos cada vez menos crianças". "Se um T1 está a preços escaldantes e com os ordenados médios das famílias, sobretudo dos casais jovens, onde vão colocar o berço dos filhos? Como se pode incentivar a natalidade com estes preços a escaldar para apenas um T1?", questionou.
"O que a Madeira precisa é de preços competitivos e recorde-se que para estes valores, estão a ser usadas verbas da Bazuca e a suportar os 30%, o que torna tudo isto ainda mais grave e incompreensível. Mesmo assim, um T1 a custar 160 mil euros, é fazer favores a construtores ricos. Isto tem de ser investigado e auditado", acrescentou o cabeça de lista e líder do JPP.
Em suma, para o JPP "a Região necessita de mais oferta pública, sim, a preços reduzidos para então regular o mercado, precisa de créditos bonificados para os jovens, e definição de áreas de potencial urbanístico e celebração de contratos programa com todos os municípios", rematou Élvio Sousa.
Lígia Neves