Tiago Freitas, presidente do Instituto do Vinho, Bordado e Artesanato da Madeira (IVBAM), considera que a vinha do Porto Santo sempre se destacou pela sua diferenciação e hoje é mesmo “um caso de sucesso”.
“Vamos continuar com ações que transmitam conhecimento aos viticultores para que possam ter mais rendimento” disse o responsável, durante uma visita do conselho diretivo do IVBAM à ilha do Porto Santo para acompanhar o estado vegetativo das vinhas locais.
Tiago Freitas salientou o grande esforço dos produtores para que hoje grande parte das vinhas “estejam em perfeitas condições”.
Atualmente, o Porto Santo conta com 61 viticultores ativos e uma área total de 15,7 hectares de vinha, cultivada principalmente com as castas Caracol e Malvasia Rei (também conhecida como Listrão).
Em 2024, os técnicos do IVBAM realizaram mais de 38 ações de apoio técnico junto dos viticultores da ilha.
A visita ao Porto Santo do conselho diretivo do IVBAM serviu para acompanhar o estado vegetativo das vinhas locais.
Durante a visita, foram inspecionados os campos de vinhas, com o objetivo de avaliar o desenvolvimento vegetativo, instalaram-se também armadilhas para monitorizar possíveis pragas e prestou-se aconselhamento sobre os últimos tratamentos preventivos contra doenças da vinha.
A visita de trabalho permitiu, ainda, acompanhar o estado fenológico das vinhas instaladas no âmbito do projeto LIFE Dunas — uma iniciativa que visa dinamizar a viticultura tradicional, bem como preservar e recuperar os típicos muros de “croché”. O projeto contribui para aumentar a resiliência do território e tem um impacto positivo na qualidade paisagística local.
Já no campo experimental do Farrobo, e na presença de cerca de 15 viticultores, foi realizada a sétima e última ação de esclarecimento de viticultura do ano. A sessão abordou temas como a fitossanidade, as intervenções em verde, os preparativos para a vindima e as regras para a plantação de novas vinhas.
O IVBAM refere, em nota enviada à nossa redação, que esta iniciativa insere-se na política de proximidade e valorização da viticultura regional promovida pelo instituto, contribuindo para o desenvolvimento sustentável da atividade e a melhoria contínua das práticas agrícolas dos vinhedos da Região.