Raimundo Quintal lançou, através da sua página do Facebook, uma mensagem dirigida ao presidente do Governo Regional, manifestando a sua preocupação com “os crescentes atropelos praticados do mar à serra” na Madeira, em particular, prejudicando a Laurissilva.
O geógrafo e botânico refere-se “a gente egoísta, gananciosa, sem um mínimo de sensibilidade e conhecimento científico do património natural e cultural das nossas ilhas”, referindo-se a “mais uma empresa especializada na destruição da Laurissilva”, que promove excursões pelo património natural da ilha, em concreto, passeios de buggy todo-o terreno nas Funduras, prometendo mostrar a “floresta Laurissilva, onde a adrenalina e as vistas deslumbrantes se juntam! Perfeito para quem procura emoção e diversão”, como se lê na página da empresa.
Na mensagem, com a data de hoje, Raimundo Quintal escreve:
“Senhor presidente do Governo Regional da Madeira, conhece-me bem e sabe quanto tenho lutado, com muitos voluntários, em defesa da qualidade da Laurissilva e dos outros ecossistemas do nosso arquipélago.
Infelizmente, aos 71 anos e após cerca de cinco décadas a trabalhar em prol da Natureza e a praticar Educação Ambiental, sinto uma grande tristeza e uma enorme indignação perante os crescentes atropelos praticados do MAR À SERRA por gente egoísta, gananciosa, sem um mínimo de sensibilidade e conhecimento científico do património natural e cultural das nossas ilhas.
Nas levadas, estradas reais e velhos trilhos da Ilha da Madeira, nos caminhos de terra batida à beira de geomonumentos no Porto Santo e na Madeira, são frequentes as atividades insustentáveis.
Hoje, apresento-lhe, caso ainda não conheça, mais uma empresa especializada na destruição da Laurissilva.
Por amor à Natureza e ao património edificado com muito sacrifício pelos nossos antepassados, sinto o dever de exigir ao Governo Regional a aplicação de medidas urgentes para acabar com o terrorismo ambiental.
Se tal não acontecer, ainda arranjarei forças para mobilizar os madeirenses livres, com o objetivo de lutarmos na rua em prol do património natural e cultural descanso ILHAS AFORTUNADAS.”