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PTP defende metro de superfície no Funchal e desafia “visão derrotista” sobre a orografia da Madeira

Paula Abreu

Jornalista

Data de publicação
05 Outubro 2025
16:16

A candidatura do PTP à Câmara Municipal do Funchal apresentou a proposta de construção de um metro de superfície como resposta à crescente pressão sobre a rede viária da capital madeirense.

Reagindo às críticas de que a orografia acidentada da ilha tornaria o projeto inviável, o partido rejeitou essa perspetiva, considerando-a “derrotista” e desatualizada.

“A história da Madeira é feita de superações. Construímos levadas em escarpas, prolongámos uma pista de aeroporto sobre o mar, e hoje temos viadutos e túneis que venceram o relevo montanhoso. Por que razão não haveríamos de conseguir construir um metro de superfície?”, questionou a candidata do PTP à Câmara do Funchal, Raquel Coelho.

A líder da candidatura defendeu que os madeirenses não devem ser subestimados quando se fala de projetos de grande dimensão.

“Os cidadãos do Funchal não são menos do que os de Almada, do Porto ou de Vila Nova de Gaia. Merecem ter acesso a um sistema de transporte público eficiente, confortável e seguro. O metro de superfície é essa alternativa”, afirmou.

Embora reconheça que um projeto desta envergadura excede as competências da autarquia, o PTP compromete-se a liderar a pressão política junto do Governo Regional. Raquel Coelho garantiu que, se for eleita, o primeiro passo será solicitar um estudo de viabilidade técnico-financeira para a implementação do sistema.

A candidata criticou a falta de visão estratégica de outros partidos na área da mobilidade urbana:

“Estamos cansados de políticos que só pensam no imediato, em mudar passadeiras ou arranjar passeios. O Funchal precisa de uma visão de futuro, de soluções transformadoras para os próximos 20 a 30 anos. E a mobilidade é central nesse caminho.”

O PTP recordou ainda exemplos de engenharia em Portugal que enfrentaram grandes desafios técnicos, como a construção do metro de Santa Apolónia, em Lisboa, que superou obstáculos significativos e hoje serve milhares de cidadãos.

“Nada é impossível quando há vontade política. É isso que queremos trazer: coragem para fazer diferente e melhor pela Madeira”, concluiu Raquel Coelho.

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