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Padre confessa que “doeu” saber a notícia da morte das duas irmãs

Alberto Pita

Jornalista

Data de publicação
12 Julho 2025
22:40

O trágico acidente de viação deste sábado, na Calheta, que vitimou duas irmãs, suscitou uma emotiva reação do padre Silvano Gonçalves, na Paróquia de São Francisco Xavier, na Calheta.

“Estou a pensar que isto hoje... doeu!”, desabafou o padre, sobre estas duas fiéis que se mantinham próximas da Igreja.

“Maria Vitorina, uma mulher sempre na linha da frente na vida paroquial, ainda ontem tomou parte na reunião de preparação para as festas de São Francisco Xavier e Santíssimo Sacramento. Ficou responsável pelas licenças para a recolha de musgo e também para recolher ofertas para custear a festa”, recordou.

Era a responsável do “movimento das mães cristãs”, recordou, lembrando que “passava a vida a zelar para que nada faltasse nas grandes celebrações paroquiais. Um motor da vida paroquial”, resumiu.

Por sua vez, “a irmã, a Fátima, aquela personagem tão discreta, silenciosa, que se detinha em oração de joelhos no seu cantinho na igreja. Era na confissão que eu mais ouvia a sua voz. Ajudava também a enfeitar a igreja”, mencionou.

Para o padre, eram “duas mulheres de bem, de paz, crentes, no verdadeiro e bom sentido da palavra”.

Na manhã deste sábado, dia 12, descreveu, “lá subiram ao alto do sítio visitar o bocadinho de terra que lá têm e alguém que lhes é próximo. Enquanto desciam, talvez programavam fazer o almoço e à tarde ir à sua paróquia de São Francisco Xavier à Santa Missa. Mas... e repito, está a doer, qualquer falha com o carro e ambas partiram para a Eternidade”.

“Assim, num ápice, aquele instante que é eterno ou aquela eternidade que se diz num instante... Um paradoxo cujo fruto é o silêncio e uma estranha sensação que está e não está”, disse.

Depois, refletiu: “‘Mas eles estão em paz’, pode-se ler no Livro da Sabedoria. “Eis o nosso Deus em quem pusemos a nossa confiança”, escreve o Profeta Isaías. “Ainda hoje estarás comigo no Paraíso”, diz Jesus suspenso na Cruz”.

A finalizar, Silvano Gonçalves disse que “é tempo de Jubileu da Esperança, é tempo de gratidão pelo dom destas irmãs que fisicamente deixam a comunidade, mas cujo legado e testemunho permanecem. Obrigado, Maria Vitorina! Obrigado, Fátima! Descansem em Paz, e que estejam a tomar parte no festim da Igreja Triunfante que bem prepararam nesta Igreja Militante”.

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