O interrogatório ao empresário Custódio Correia, um dos três detidos suspeitos de corrupção na Madeira, afinal não recomeçou hoje de manhã, em Lisboa, por motivos processuais, disse o advogado, salientando que tem de haver consequências por estes atrasos.
À saída do Tribunal Central de Instrução Criminal, na hora de almoço, André Navarro de Noronha disse que o atraso de deve a “questões processuais” e considerou que a entidade mais competente para “dar explicações” será a polícia judicial.
“Tem a ver com isso. Perguntem à PJ para vos esclarecer, eu não consigo. Eu não tenho nada sobre o inquérito, eu não organizo processos, portanto qualquer dúvida que exista, qualquer percalço que exista, não é com a defesa que devem falar” disse aos jornalistas.
“Hoje é o 10.º dia, amanhã [sábado], se nos encontrarmos, será o 11.º. Isto tem de ter consequências”, acrescentou.
Segundo os advogados dos três detidos, na quinta-feira à tarde chegaram mais provas recolhidas pela investigação, relacionadas com a construção do novo hospital do Funchal, o que atrasou, mais uma vez, os interrogatórios.
No entanto era expectável que o interrogatório de Custódio Correia, que já foi interrogado durante cerca de sete horas, fosse retomado hoje e pudesse ser concluído.
Entretanto, segundo uma funcionária judicial, os trabalhos recomeçaram pelas 14h10, devendo a sessão terminar às 17h00.